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Laudo do Adolfo Lutz confirma 1ª morte por dengue na capital

Após informar que caso ainda estava sob investigação, Prefeitura de SP confirmou o óbito; paciente é um morador da zona leste de 72 anos

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Divulgação/Prefeitura de São Paulo
foto colorida de agentes da Prefeitura de São Paulo utilizando drones para mapeamento de imóveis com possíveis focos de dengue - Metrópoles
1 de 1 foto colorida de agentes da Prefeitura de São Paulo utilizando drones para mapeamento de imóveis com possíveis focos de dengue - Metrópoles - Foto: Divulgação/Prefeitura de São Paulo

São Paulo — Após um conflito de informações entre o governo de Estado e a Prefeitura de São Paulo, a Secretaria Municipal da Saúde confirmou, nesta sexta-feira (9/2), a primeira morte por dengue na capital.

O paciente é um homem de 72 anos, morador da zona leste. Ele apresentou sintomas no dia 28 de janeiro, procurou atendimento no Hospital do Servidor Público Estadual e faleceu em 1º de fevereiro. O laudo do Instituto Adolfo Lutz (IAL) foi divulgado na noite dessa quinta-feira (8/2).

Antes da divulgação do laudo, a prefeitura havia negado, pela manhã, que a capital paulista tivesse uma morte confirmada por dengue. Disse, ainda, que ia investigar por que o registro apareceu no sistema da Secretaria Estadual da Saúde.

O painel foi lançado pela gestão Tarcísio de Freitas (Republicanos) na última terça-feira (6/2) e é abastecido com informações enviadas pelas prefeituras dos municípios.

Além da morte na capital paulista, o sistema aponta também outros cinco óbitos. Segundo a gestão estadual, as demais vítimas teriam sido infectadas nas cidades de Pindamonhangaba (2), Bebedouro (1), Guarulhos (1) e Bauru (1).

Apesar de não terem enviado as notificações ao sistema do estado, as prefeituras de Dois Córregos, Taubaté e Jacareí afirmam que também registraram mortes pela doença. Em Bebedouro, a gestão municipal diz ter contabilizado duas mortes, uma a mais do que o notificado até o momento.

Somadas as mortes do painel da secretaria de Saúde e as anunciadas pelas prefeituras separadamente, o estado teria neste momento 10 registros de óbitos pela doença.

Monitoramento com drones

A Prefeitura de São Paulo iniciou, na terça-feira, o monitoramento de imóveis e terrenos com possíveis focos de dengue na cidade de São Paulo com a utilização de drones (foto de destaque).

Os primeiros trabalhos foram feitos em ruas de Itaquera, na zona leste, onde foi registrado maior número de casos de dengue neste ano.

Os equipamentos são de última geração e são comumente usados pela Guarda Civil Metropolitana (GCM) para o monitoramento de segurança pública na cidade.

Segundo a prefeitura, os drones permitem o mapeamento aéreo de imóveis onde podem haver possíveis focos de criadouros do mosquito Aedes aegypti, como cobertura de galpões com lâminas de água, caixas d’água sem tampa ou sem vedação, e recipientes de grande volume em terrenos baldios.

Os locais com focos serão registrados para que agentes municipais façam visitas e orientem os proprietários.

Sintomas

Os sintomas da dengue podem variar de leves a graves e geralmente aparecem de 4 a 10 dias após a picada do mosquito infectado. As manifestações clínicas incluem:

  • Febre alta: a temperatura corporal pode atingir valores significativamente elevados, geralmente acompanhada de calafrios e sudorese intensa;
  • Dor de cabeça intensa: a dor é geralmente localizada na região frontal, podendo se estender para os olhos;
  • Dores musculares e nas articulações: sensação de desconforto e dor, muitas vezes referida como “quebra ossos”;
  • Náuseas e vômitos: podem ocorrer, contribuindo para a desidratação;
  • Manchas vermelhas na pele: conhecidas como petéquias, essas manchas podem aparecer em diferentes partes do corpo;
  • Fadiga: uma sensação geral de fraqueza e cansaço persistente.

Tratamento

O tratamento da dengue visa aliviar os sintomas e garantir a recuperação do paciente. Algumas medidas recomendadas pelo Ministério da Saúde incluem:

  • Hidratação adequada: a ingestão de líquidos é fundamental para prevenir a desidratação, especialmente durante os períodos de febre e vômitos;
  • Uso de analgésicos e antitérmicos: medicamentos como paracetamol podem ser utilizados para reduzir a febre e aliviar as dores;
  • Repouso: descanso é essencial para permitir que o corpo combata o vírus de maneira mais eficaz;
  • Acompanhamento médico: em casos mais graves, é crucial procurar assistência médica para monitoramento e tratamento adequado;
  • Evitar automedicação: o uso indiscriminado de alguns medicamentos, como anti-inflamatórios não esteroides (AINEs) e aspirina, pode agravar o quadro clínico, sendo contraindicado na dengue.

Prevenção

Além do tratamento, a prevenção da dengue é crucial. Medidas como eliminação de criadouros do mosquito Aedes aegypti, uso de repelentes, telas em janelas e portas, além da conscientização da população sobre a importância dessas práticas, são enfatizadas pelo Ministério da Saúde.

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