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Laudo aponta que PM matou são-paulino após título da Copa do Brasil

Polícia Científica confirmou que apenas dois PMs portavam espingardas calibre 12 no momento em que Rafael Garcia foi atingido

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Foto em preto e branco mostra Rafael Garcia, um homem negro de bigode, vestindo um boné e uma blusa preta com capuz - Metrópoles
1 de 1 Foto em preto e branco mostra Rafael Garcia, um homem negro de bigode, vestindo um boné e uma blusa preta com capuz - Metrópoles - Foto: Reprodução/Redes Sociais

São Paulo – Laudo feito pela Polícia Científica aponta que um policial militar foi o responsável pelo tiro de “bean bag” que causou a morte do torcedor são-paulino Rafael dos Santos Tercilio Garcia, de 32 anos, no último dia 24 de setembro, na praça Roberto Gomes Pedrosa, no Morumbi, zona sul de São Paulo.

Durante a comemoração do título da Copa do Brasil conquistado pelo São Paulo, Rafael Garcia foi atingido por um disparo de munição não letal da Polícia Militar a uma distância “muito curta”. Essa informação foi dada pela delegada Ivalda Aleixo, do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa, que trabalhou na investigação do ocorrido.

O relatório da Polícia Científica tomou como base as imagens obtidas no local do crime.

“De posse destas imagens prosseguimos com a devida análise, onde não foi possível observar o momento exato em que a vítima Rafael Tercílio fora atingido por qualquer disparo de anti-motim, no entanto, podemos descrever a dinâmica dos eventos e concluir no tocante autoria do crime aqui investigado, individualizando, por sua vez, o atirador”, diz trecho do laudo.

De acordo com a perícia, somente dois policiais militares portavam espingardas calibre 12 no momento em que Garcia foi atingido. Os vídeos analisados ainda mostraram que uma das armas apresentou problemas no funcionamento.

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O são-paulino morreu durante confusão entre torcedores e policiais militares
Rafael Garcia comemorava vitória do São Paulo contra o Flamengo pela Copa do Brasil
Documento diz que Rafael teria sido alvo de arma de fogo
Rafael Garcia era apaixonado pelo São Paulo
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Rafael Garcia criou torcida organizada com surdos

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Rafael Garcia comemorava vitória do São Paulo contra o Flamengo pela Copa do Brasil

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Documento diz que Rafael teria sido alvo de arma de fogo

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Rafael Garcia era apaixonado pelo São Paulo

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O documento diz ainda que o pedido de identificação do PM que atirou no são-paulino já foi feito: “Diante das constatações e análise das imagens, em especial a composição dos acontecimentos registrados por ângulos diversos, é possível concluir, com certa clareza, quanto a individualização do agente policial que efetuou o disparo que, em tese, vitimou Rafael Tercílio, pendente quanto a devida qualificação do agente miliciano que deverá ser esclarecido através de informações já solicitadas à Polícia Militar”.

A Polícia Militar confirmou que encaminhou à Polícia Civil uma lista com os nomes de todos os policiais presentes na ocorrência.

Em entrevista concedida no dia 1º/10, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, admitiu o erro na ação da PM e disse que os protocolos da corporação serão revistos.

Processo

A família do são-paulino Rafael Garcia, de 32 anos entrou com uma ação na Justiça de São Paulo pedindo uma indenização de R$ 1 milhão por dano moral ao governo do estado. O processo está em segredo de Justiça.

A mãe de Rafael, Vilma Custodio Garcia, e os irmãos dele, Daniel e Gabriel, são representados pelo advogado Lucas Gabriel Correia Silva Martins, vereador de Itapevi. Em uma rede social, ele afirmou que o objetivo da ação é “encontrar a verdade”.

“Bean bag”

As “bean bags” estão sendo usadas desde 2021 pela corporação para conter distúrbios urbanos, como grandes aglomerações, a exemplo do tumulto ocorrido após a final da Copa do Brasil, com o título do São Paulo sobre o Flamengo. Esse tipo de munição é utilizado por instituições de policiamento em países como os Estados Unidos e México.

Segundo a PM, trata-se de munição de menor potencial ofensivo e menos letal. Ela é utilizada para causar distração a um possível agressor. Ao atingir o suspeito, a força policial ganha alguns segundos – parece pouco, mas pode ser tempo suficiente para solucionar um sequestro, por exemplo.

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