Ladrão é linchado por vítimas após invadir casa de veraneio no Guarujá
Kaíque Martins Coelho, o Nego Zulu, invadiu uma casa alugada por turistas no Guarujá e acabou espancado até a morte; um comparsa fugiu
atualizado
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São Paulo – Um criminoso já indiciado por atirar em uma mulher grávida e assassinar um policial civil apanhou até a morte de vítimas de um assalto, no início da madrugada deste sábado (30/12), no Guarujá, litoral de São Paulo.
Kaique Martins Coelho (foto em destaque), de 30 anos, é conhecido no mundo do crime como “Nego Zulu”. Ele e um comparsa, que conseguiu fugir, invadiram uma casa, por volta da 0h30, alugada por turistas para passar as festas de fim de ano, no Balneário Praia Pernambuco. No imóvel estavam três homens, pelo menos duas mulheres e quatro crianças.
Um dos turistas, um homem de 36 anos, jogava dominó na parte externa da residência quando percebeu que dois bandidos, um deles armado com um revólver calibre 38, pularam o muro.
O homem falou para os bandidos terem calma e pediu que as crianças fossem levadas para longe da dupla de criminosos.
Revólver na cabeça
Enquanto o comparsa de Kaique manteve as vítimas rendidas na sala, o criminoso pegou joias, dinheiro e celulares que estavam na casa. A esposa do homem de 36 anos foi ameaçada, com o revólver na cabeça, para fazer uma transferência, via Pix, de R$ 1.000.
Por estar nervosa, a mulher, que tem 28 anos, não se lembrava das senhas e precisou usar o recurso de identificação facial.
Os ladrões, então, disseram que queriam levar a mulher de 28 anos com eles. Nesse momento, contudo, viaturas passavam pela rua, fazendo com que a dupla de assaltantes mudasse o foco de atenção.
Reação das vítimas
Ao perceber isso, os três homens que eram mantidos como reféns, incluindo o marido da jovem que seria levada pela dupla, reagiram, indo em direção aos assaltantes.
Kaique atirou ao menos três vezes em direção ao trio que partiu para cima dele e de seu parceiro de crime. Um dos disparos acertou a perna de um dos homens, de 32 anos, que passa bem.
Segundo a polícia, Kaique acabou rendido pelo trio e espancado, enquanto seu comparsa fugiu.
A mulher ameaçada com o revólver aproveitou para sair em seu carro, junto com as quatro crianças que estavam na casa. Ela dirigiu até encontrar uma viatura da Guarda Civil Municipal.
Quando os guardas chegaram à residência, o criminoso já estava morto. Ao lado dele, foi encontrado um revólver calibre 38, com três tiros deflagrados. O caso foi registrado como roubo, extorsão, tentativa de homicídio e legitima defesa.
Assassinato de policial
De acordo com a polícia, Kaique havia sido preso e indiciado, em 2014, pelo envolvimento no assassinato do policial civil Marcelo Lepiscopo, de 38 anos (foto abaixo).
O corpo do investigador Marcelo Lepiscopo, 38, foi encontrado enterrado em uma cova rasa
O agente trabalhava em Diadema, na Grande São Paulo, e seu corpo foi encontrado em uma cova rasa no Morro da Vila Baiana, no Guarujá.
Na ocasião, Kaique foi preso quando se preparava para fugir. Ele estava em uma casa, no mesmo bairro onde foi espancado até a morte neste sábado.
O Metrópoles apurou que, antes de ser preso pelo homicídio do policial, ele havia sido indiciado também pela tentativa de latrocínio de uma mulher grávida, que levou um tiro durante um roubo, além de um assalto.