Justiça solta suspeita de tentativa de homicídio extraditada da Europa
Aline Fernanda de Siqueira Maschietto foi presa na Espanha acusada de tentar matar um homem em SP em 2022 e extraditada para o Brasil
atualizado
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São Paulo — A Justiça paulista concedeu liberdade provisória para Aline Fernanda de Siqueira Maschietto, de 38 anos, após audiência de instrução realizada nesta terça-feira (8/10).
Ela estava presa no Brasil desde junho deste ano, quando foi extraditada da Espanha. Aline estava fora do país após ser acusada de tentativa de homicídio contra um estudante de medicina em março de 2022, na cidade de Ribeirão Preto, no interior de São Paulo.
Com a decisão, Aline foi solta, mas precisa comparecer em Juízo a cada dois meses e entregar quaisquer documentos que se relacionem à viagem ao exterior em até dez dias.
O passaporte dela foi recolhido pela Polícia Federal e ela está impedida de deixar o país.
Defesa contesta prisão
A defesa de Aline entrou com habeas corpus para contestar a prisão argumentando que a decisão teria se baseado no fato de a mulher estar foragida. De acordo com a advogada da acusada, Tamara Maria Castro, houve uma falha na investigação que causou a confusão.
“Toda essa situação foi gerada por falha na investigação policial e judicial. Aline deixou todos seus contatos quando em delegacia, mas não se atentaram que seu número de telefone possuía DDI [discagem direta internacional], bem como, foi anotado suprimindo-se o último dígito. Dessa forma, não teria como haver sucesso no contato por meio telefônico”, disse a advogada ao portal G1.
Em novembro de 2023, Aline denunciou um advogado, filho do presidente do Tribunal Constitucional da Espanha, por estupro.
Dias depois, segundo o jornal El País, ela voltou atrás nas acusações e retirou a queixa. Porém, a Justiça brasileira pediu a inclusão do nome de Aline na Interpol por conta de um mandado de prisão em aberto, referente a uma tentativa de homicídio que aconteceu em março de 2022.
Ela chegou a ser presa em Málaga, na Espanha, em 13 de dezembro do ano passado. Seis meses depois, Aline foi extraditada para o Brasil e encaminhada à Penitenciária Feminina de Sant’Ana, em São Paulo.