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Justiça solta namorado de influencer acusado de tortura com maçarico

Justiça concedeu habeas corpus Gabriel Duarte de Meneses, 29, suspeito de roubar R$ 41 mil; vítima disse ter sido torturada com maçarico

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Montagem com duas fotos coloridas. À esquerda, está Vitória Guarizo. À direita, Gabriel Meneses - Metrópoles
1 de 1 Montagem com duas fotos coloridas. À esquerda, está Vitória Guarizo. À direita, Gabriel Meneses - Metrópoles - Foto: Reprodução/Polícia Civil

São Paulo – A Justiça de São Paulo concedeu habeas corpus e mandou soltar o modelo Gabriel Duarte de Meneses, 29 anos, que foi acusado de usar um maçarico para torturar um homem e roubar R$ 41 mil em maio. Ele e a namorada, a influencer Vitória Guarizo Demito, 25, também respondem por tráfico de drogas. O casal alega inocência.

No julgamento do habeas corpus, o desembargador Pinheiro Franco, da 5ª Câmara de Direito Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), considerou que Gabriel é réu primário e que não haveria evidências, até o momento, de que a droga encontrada com ele era para fins de venda. A decisão é de sexta-feira (15/9).

“Quero crer que a prisão, no momento, salvo situação nova negativa até então desconhecida, é desproporcional e não deve ser mantida”, escreveu Pinheiro Franco, relator do julgamento. Não há pedido de prisão para o caso de roubo.

O TJSP determinou ainda que, em vez da prisão, Gabriel terá que ficar recolhido em casa no período noturno, das 21h às 6h, comparecer em juízo a cada 30 dias e comprovar emprego ou impossibilidade de trabalho. Ele também está proibido de sair da cidade sem autorização judicial.

Vitória já havia sido solta no dia 4 de setembro, também por habeas corpus.

Prisão

Gabriel estava preso desde o dia 25 de julho, acusado de roubar um homem de 46 anos, de dopá-lo, no golpe “Boa Noite, Cinderela”, e submetê-lo a uma sessão de tortura com queimaduras de maçarico, no apartamento da influencer, no Morumbi, na zona sul. O suposto crime teria acontecido no dia 18 de maio.

Por causa da investigação do suposto roubo, a polícia foi ao apartamento do casal, encontrou drogas e o prendeu em flagrante por tráfico de entorpecentes. No seu primeiro interrogatório, Gabriel optou por ficar em silêncio.

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Vitória Guarizo Demito
Influencer e modelo trans Vitória Guarizo Demito, presa por roubar e torturar homem em SP
Vitória Guarizo Demito
Vitoria Guarizo, acusada de roubo e tortura
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Influencer e modelo trans Vitória Guarizo Demito, presa por roubar e torturar homem em SP

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Vitoria Guarizo, acusada de roubo e tortura

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Em novo depoimento, prestado no último dia 4 de agosto, o suspeito contestou a versão da vítima, alegou ter sido contratado por R$ 900 para fazer sexo em grupo e afirmou que o homem “chegou drogado” ao local do programa.

No interrogatório, Gabriel confessa que se aproveitou da situação para conseguir mais dinheiro e realizou duas transferências bancárias, de R$ 19 mil e R$ 21 mil, para sua conta pessoal. As transações teriam sido autorizadas pelo cliente, que estava sob efeito de entorpecentes, e ainda teria deixado um relógio no apartamento.

“A ideia do interrogando era negociar com o mesmo [vítima], ou seja, entregar o relógio e uma parte do dinheiro, ficando com outra parte”, consta no depoimento. “Reconhece que errou ao pegar o dinheiro a mais do combinado inicial, porém não é verdade que para isso tenha se utilizado de violência”.

Soltura

No suposto roubo, Vitória e Gabriel afirmam que foram contratados para fazer um programa e que a vítima teria pedido para apanhar por prazer. No relatório final do inquérito do roubo, o delegado Eduardo Luis Ferreira, do 27º Distrito Policial (Campo Belo), concluiu que a vítima poderia estar mentindo.

Os laudos não confirmaram as queimaduras alegadas pelo homem. O delegado também argumentou que nenhuma nova vítima do casal foi à delegacia denunciar outros casos de golpe – indício de que Vitória e Gabriel não fazem parte de uma quadrilha.

Vitória e Gabriel, no entanto, foram denunciados por associação e tráfico de drogas no dia 9 de agosto – crimes que podem chegar a até 25 anos de prisão, considerando a pena máxima. O casal já é réu nesse processo e alega que os entorpecentes e os remédios encontrados eram de uso próprio.

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