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Justiça manda plataformas derrubarem post de Boulos contra Nunes

Em decisão liminar, juiz eleitoral determinou a remoção de posts que dizem que Nunes “tirou R$ 3,5 bi da educação e pode ficar inelegível”

atualizado

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Nina Quintana/Especial Metrópoles @ninaquintana
Imagem colorida mostra o deputado federal Guilherme Boulos (PSol/SP) - Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida mostra o deputado federal Guilherme Boulos (PSol/SP) - Metrópoles - Foto: Nina Quintana/Especial Metrópoles @ninaquintana

São Paulo — A Justiça Eleitoral determinou que sejam retiradas do ar publicações do pré-candidato à Prefeitura de São Paulo Guilherme Boulos (PSol) que dizem que o atual prefeito, Ricardo Nunes (MDB), “tirou R$ 3,5 bilhões da educação e pode ficar inelegível”. A decisão liminar atendeu a uma representação do partido do MDB, que atribuiu a Boulos a prática de fake news.

O juiz Paulo Eduardo de Almeida Sorci, do Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo, estabeleceu o prazo de 48 horas para a remoção dos conteúdos, sob multa diária de R$ 1 mil.

Em uma das publicações feitas por Boulos, consta a informação de que a inelegibilidade de Nunes pode ser determinada pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Na representação, o MDB diz que a alegação é “completamente fabricada” e que a Corte sequer teria competência “para investigar crimes de prefeitos, e proclamar a inelegibilidade de ninguém”.

“Simplesmente inexiste base fática para a irresponsável acusação, que se consubstancia em evidente fabricação de fake news para alavancar a candidatura de Guilherme Boulos e prejudicar o seu adversário Ricardo Nunes”, afirma o MDB.

O partido pede, ainda, que o candidato do PSol seja condenado por propaganda eleitoral antecipada. O mérito da representação ainda não foi analisado pela Justiça Eleitoral.

Em nota enviada ao Metrópoles, Boulos afirmou que Nunes “não quer que a população conheça a verdade sobre sua péssima gestão da cidade de São Paulo”. Segundo o pré-candidato, o prefeito entrou na Justiça para promover “censura”.

“O prefeito Ricardo Nunes não quer que a população conheça a verdade sobre sua péssima gestão na cidade de São Paulo e entrou com uma ação na Justiça para proibir e censurar a publicação de que deixou de repassar o percentual obrigatório de 25% da receita do município para a área”, disse.

“O caso foi levantado ao Tribunal de Contas do Município, e já está no Ministério Público de São Paulo. Agora o PT de São Paulo vai entrar com uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF). O Deputado Federal Guilherme Boulos recorrerá da liminar que proíbe a divulgação dessa grave notícia de negligência com a educação, que compromete o futuro de milhares de estudantes da rede municipal de ensino e que é crime previsto na nossa legislação”, complementou.

“Imbecil”

Na semana passada, Guilherme Boulos se tornou réu em um processo criminal por chamar o ex-ministro da Educação Abraham Weintraub de “imbecil” e dizer que ele seria um dos responsáveis pelo atraso da vacinação no Brasil.

A declaração foi dada em 2021. Na ocasião, Boulos atribuiu a Weintraub, ao deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e ao ex-ministro das Relações Exteriores Ernesto Araújo, a falta de insumos chineses para a produção de vacinas contra a Covid-19. O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) também é citado.

“O Brasil corre o risco de ficar sem vacinas suficientes por falta de insumos da China por causa de Jair Bolsonaro e três imbecis: Dudu Bananinha [refererindo-se a Eduardo Bolsonaro], Ernesto Araújo e Weintraub”, escreveu Boulos em 20 de janeiro de 2021.

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