Justiça nega redução de sessões psiquiátricas a Suzane von Richthofen
Suzane von Richthofen pediu para reduzir a frequência de sessões obrigatórias com psicólogo e psiquiatra a que é submetida no regime aberto
atualizado
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São Paulo — A Justiça de São Paulo negou um pedido de Suzane von Richthofen, de 41 anos, para reduzir a periodicidade dos tratamentos psiquiátrico e psicológico obrigatórios a que é submetida desde a progressão de sua prisão para o regime aberto, em janeiro do ano passado. Suzane foi condenada em 2002 a 39 anos de prisão pela morte dos pais.
A decisão é do juiz Carlos Henrique Scala de Almeida, da 5ª Câmara de Direito Criminal do Foro de Bragança Paulista, cidade do interior de São Paulo onde Suzane reside atualmente. A defesa de Richthofen apresentou um recurso ao Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) para recorrer da decisão, que ainda não foi analisado.
O pedido foi feito pela Secretaria Municipal de Saúde de Bragança Paulista em junho deste ano, alegando que Suzane “não tem apresentado queixas e/ou alterações psicopatológicas que justifiquem algum transtorno mental”. As informações são do jornal Folha de S.Paulo.
Atualmente, Suzane é obrigada a passar uma vez por semana com um psicólogo do Centro de Atenção Psicossocial e uma vez por mês com um psiquiatra. Pelo pedido da redução, ela passaria a ter sessões com um psicólogo uma vez por mês e passaria com um médico psiquiatra uma vez a cada três meses.
A advogada que a representa, Jaqueline Beatriz Domingues, afirmou à Justiça que “a paciente evoluiu no tratamento a que foi submetida, conforme se infere do relatório do médico” e que não havia razão para deixar de atender ao pedido.
O Metrópoles procurou a defesa de Suzane, mas não obteve resposta. O espaço permanece aberto.
Concurso no TJSP
Suzane von Richthofen prestou concurso público para ingressar no TJSP no último domingo (8/9). As provas eram para o cargo de escrevente, com salário de R$ 6.043.
Como ainda não é formada — Suzane estuda direito no campus Bragança Paulista da Universidade São Francisco —, ela não pode concorrer a um cargo de nível superior.
O concurso teve 1.335 inscritos para a vaga, mas apenas 35 candidatos vão avançar para a segunda fase, que será uma prova prática.
O TJSP informou que, mesmo que Suzane seja aprovada, ela pode não assumir o cargo, pois terá de apresentar atestado de antecedentes criminais. Dependendo do crime cometido, o candidato pode ser desclassificado. Ainda assim, a estudante de direito poderia recorrer à Justiça.