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Justiça impõe multa de R$ 10 mil para cada PM sem câmera em operações

Multa é parte da decisão liminar que obriga o governo Tarcísio a garantir câmeras corporais para PM durante operações em São Paulo

atualizado

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Imagem colorida mostra policiais militares vestidos com uniformes da corporação, camisa e boné cinzas, colete à prova de bala e câmeras corporais na altura do peito - Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida mostra policiais militares vestidos com uniformes da corporação, camisa e boné cinzas, colete à prova de bala e câmeras corporais na altura do peito - Metrópoles - Foto: Reprodução

São Paulo – O juiz Renato Augusto Pereira Maia, da 11ª Vara de Fazenda Pública do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), determinou que o governo Tarcísio de Freitas (Republicanos) pague multa de R$ 10 mil para cada policial militar que estiver em uma “Operação Escudo” sem câmera na farda.

Segundo a decisão, obtida pelo Metrópoles, a multa é limitada pelo teto de R$ 500 mil. A liminar é de uma ação movida pela Defensoria Pública de São Paulo, em conjunto com a ONG Conectas Direitos Humanos, e foi concedida parcialmente pelo magistrado nesta sexta-feira (22/9).

Na liminar, Renato Augusto Pereira Maia determina o uso obrigatório de câmeras corporais em todas as operações em São Paulo que tenham como objetivo “responder a ataques praticados contra policiais militares”.

A decisão ocorre enquanto o Ministério Público de São Paulo investiga denúncias de excessos e torturas durante a Operação Escudo, deflagrada na Baixada Santista, após o assassinato de Patrick Bastos Reis, da Rondas Ostensivas Tobias Aguiar (Rota), no fim de julho. A operação também resultou em 28 mortes de civis.

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Policiais da Rota baleados no Guarujá foram socorridos no Pronto Atendimento Municipal da Rodoviária
Soldado da Rota foi morto quando fazia patrulhamento no litoral paulista
PM declara luto pela morte de Patrick Bastos Reis, policial da Rota morto no Guarujá
Viatura da Rota desce em direção ao litoral paulista
Integrante da Rota em policiamento no Guarujá
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PM da Rota Patrick Bastos Reis baleado e morto durante patrulhamento no Guarujá

Divulgação/Polícia Militar
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Policiais da Rota baleados no Guarujá foram socorridos no Pronto Atendimento Municipal da Rodoviária

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Soldado da Rota foi morto quando fazia patrulhamento no litoral paulista

Reprodução/Redes Sociais
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PM declara luto pela morte de Patrick Bastos Reis, policial da Rota morto no Guarujá

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Viatura da Rota desce em direção ao litoral paulista

Renan Porto/Metrópoles
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Integrante da Rota em policiamento no Guarujá

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Denunciados por participação na morte de PM da Rota no Guarujá: Erickson David da Silva, Kauã Jazon da Silva e Marco Antonio, o Mazzaropi

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Policiais da Rota em operação em São Paulo

Divulgação/Rota
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Policiais militares comemoraram nas redes sociais mortes de suspeitos na Operação Escudo, deflragrada no litoral sul paulista após o assassinato do soldado da Rota

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‘Corpos vulneráveis’

Na decisão, o juiz do TJSP escreve que as câmeras corporais são importantes para “conferir controle e transparência às operações e legitimar a atuação policial”. Também afirma que as atuais 10.125 câmeras à disposição da PM seriam suficientes para cobrir o efetivo que for participar da Operação Escudo.

“O número total de câmeras estatais destacados para a presente operação é de menos de 2% do contingente total existente, de forma que não convence o argumento estatal de falta de recursos”, escreveu.

O magistrado determinou que o governo Tarcísio institua “mecanismos para assegurar o correto uso das câmeras corporais por parte das forças policiais” e que o PM “zele para que as câmeras estejam carregadas durante toda a sua atuação”. Em caso de desrespeito, o agente deve responder por falta funcional.

Outra medida foi determinar parâmetros para que ações no entorno de escolas e creches “sejam excepcionalíssimas”, respeitando os horários de entrada e saída e obrigando a PM a realizar justificação prévia.

“Relatos juntados à inicial indicam que crianças e adolescentes estão sendo diretamente expostos a muitas situações de violência no bairro em que residem, visualizando situações de conflito, o que enseja violação de direitos a grupos especialmente vulneráveis”, escreveu o juiz. “As balas perdidas sempre ‘encontram’ corpos vulneráveis.”

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