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Justiça decreta prisão de GCM que mentiu e tentou matar funkeiro

O GCM aposentado atirou contra um funkeiro e mais dois rapazes, quando as vítimas conversavam em frente a um condomínio em São Paulo

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Imagem colorida de câmera de monitoramento de moto acelerando e homem tropeçando em rua. Na lateral, retrato de homem de meia idade, pardo, sem barba e cabelo curto - Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida de câmera de monitoramento de moto acelerando e homem tropeçando em rua. Na lateral, retrato de homem de meia idade, pardo, sem barba e cabelo curto - Metrópoles - Foto: Reprodução/Câmera Monitoramenti

São Paulo – A Justiça decretou a prisão temporária do guarda civil metropolitano (GCM) aposentado Jorge Joaquim do Nascimento, de 63 anos, de acordo com nota enviada ao Metrópoles, nesta quinta-feira (1º/8), pela Secretaria da Segurança Pública (SSP).

A prisão foi requisitada pelo 48º DP (Cidade Dutra) após o agora foragido tentar matar a tiros um funkeiro e, também, porque o GCM mentiu sobre as motivações que o levaram a disparar contra o artista e mais duas vítimas, em 22/7, na zona sul de São Paulo.

Como mostrado pelo Metrópoles, Jonas de Sousa, o MC Joninhas, de 29 anos, e um amigo dele conversavam com o irmão do funkeiro em frente ao condomínio onde moram, quando foram alvos de tiros.

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Artista voltava de partida de futebol, segundo irmão
Funkeiro e amigo foram alvo de ao menos sete tiros
MC foi ferido com tiro no joelho
GCM aposentado Jorge Joaquim do Nascimento, de 63 anos
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Artista voltava de partida de futebol, segundo irmão

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Funkeiro e amigo foram alvo de ao menos sete tiros

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MC foi ferido com tiro no joelho

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GCM aposentado Jorge Joaquim do Nascimento, de 63 anos

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O artista foi ferido no joelho esquerdo, submetido a duas cirurgias, e teve alta dias depois. Já o amigo dele, Anderson Lima, de 25, ficou em coma induzido, após ser atingido por quatro dos ao menos sete disparos feitos pelo guarda aposentado. A vítima ainda está internada, segundo familiares, e está com infecção, decorrente de ferimentos sofridos no intestino.

No primeiro registro oficial, com base no depoimento do atirador, o caso constava como tentativa de roubo de veículo, legítima defesa, disparo de arma de fogo e localização/apreensão de objeto.

Após um vídeo desmentir o relato do GCM aposentado (assista abaixo), o caso passou a ser investigado pela Polícia Civil, dois dias após o crime, como tentativa de homicídio e denunciação caluniosa.

O Metrópoles apurou que o guarda e a esposa, que contou a mesma versão que o marido em seu depoimento, sumiram do bairro logo após o aposentado atirar contra as vítimas. A defesa deles não foi localizada. O espaço segue aberto para manifestações.

Vídeo

 

“Agindo por impulso”

Jorge Joaquim do Nascimento mora e também é síndico do condomínio que fica em frente ao local onde as vítimas conversavam. Em seu depoimento ele afirmou ter ouvidos “assalto” e, por isso, resolveu intervir. As imagens da câmera de monitoramento desmentem essa alegação.

O filho do guarda estava em casa e ouviu os tiros. Ele disse em depoimento ter falado com seu pai, ao telefone, logo após o GCM balear as vítimas. O agora foragido lhe afirmou que, ao se aproximar de carro do condomínio, “viu três indivíduos parados em frente de seu portão”.

“Acreditando tratar-se de um roubo, onde dois motociclistas estariam roubando o rapaz que estava a pé, acabou agindo por impulso e fez disparos contra eles”.

Depoimento do irmão do MC

O irmão do MC, o embalador Jonathan de Sousa, 30, afirmou ao Metrópoles que o aguardava, em frente ao condomínio onde ambos moram. O cantor estaria jogando futebol em uma quadra do bairro.

“Ele estava com uma moto e eu precisava dela para ir à academia. Fiquei esperando em frente ao prédio e vi o carro do guarda passando e parando na esquina”.

O MC e o amigo chegaram na sequência, cada qual em uma moto, parando-as em frente ao condomínio.

“Do nada, o GCM desceu do carro, a uns metros de distância, e começou a atirar, sem motivo nenhum. Só me abaixei e corri”, relembra Jonathan.

Até a publicação desta reportagem, o guarda seguia foragido.

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