Justiça de SP mantém salário de PM que matou lutador Leandro Lo
Nova decisão do TJSP mantém liminarmente o salário do PM Henrique Velozo, que está preso por matar o campeão de jiu-jítsu Leandro Lo
atualizado
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São Paulo – O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) negou um recurso do governo paulista que pedia a suspensão do salário do policial militar Henrique Otávio Oliveira Velozo, que é réu por matar o campeão de jiu-jítsu Leandro Lo, em agosto do ano passado.
Com a nova decisão, do último dia 10 de abril, o PM continuará recebendo regularmente salário da corporação mesmo preso no Presídio Militar Romão Gomes. Segundo o portal da transparência do governo, o 1º tenente Henrique Velozo recebe salário bruto de R$ 10,8 mil.
“Contrária à suspensão dos vencimentos do servidor preso em caráter provisório, a despeito do regramento da legislação estadual sobre essa questão”, escreveu o desembargador Edson Ferreira da Silva, relator do caso no TJSP.
No dia 13 de março deste ano, o juiz Márcio Ferraz Nunes já tinha atendido o pedido da defesa para restabelecer e manter os vencimentos do tenente até o trânsito em julgado da ação penal.
O governo de São Paulo alega no recurso judicial que Henrique Velozo e seus eventuais dependentes têm a possibilidade de receber o auxílio reclusão que, segundo o estado, corresponderia aos vencimentos do policial militar.
Assassinato de Leandro Lo
O atleta campeão mundial de jiu-jítsu Leandro Lo, de 33 anos, morreu após ser baleado na cabeça no dia 7 de agosto do ano passado, em um show no Clube Sírio, na Avenida Indianópolis, na zona sul da capital paulista.
De acordo com o boletim de ocorrência, após uma breve discussão, o PM Henrique Veloso foi até a mesa de Leandro Lo e pegou uma garrafa. O lutador tirou a bebida da mão do policial militar, o derrubou e o imobilizou.
Os amigos de Leandro separaram ambos e pediram “para deixar isso quieto”. O policial se levantou, deu a volta na mesa e, de frente para o lutador, sacou a arma e atirou. O disparo atingiu o lado esquerdo da cabeça do atleta.