Justiça condena dois por estelionato contra Juliana Paes e Murilo Rosa
Casal é condenado por aplicar golpe financeiro em Juliana Paes, Murilo Rosa e Luis Fabiano; eles terão de devolver R$ 1,3 milhão às vítimas
atualizado
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São Paulo — A Justiça de São Paulo condenou um homem e sua ex-mulher a 3 anos em regime aberto por estelionato. O ex-casal tinha uma empresa de investimentos financeiros, que prometia lucros de até 8% ao mês, e aplicou golpes em celebridades como os atores Juliana Paes e Murilo Rosa e o ex-jogador de futebol Luis Fabiano.
Outros quatros réus foram considerados inocentes e absolvidos. Os condenados ainda terão de devolver R$ 460 mil a Juliana Paes; R$ 460 mil a Murilo Rosa; R$ 280 mil a Luis Fabiano; R$ 84 mil ao consultor financeiro de Juliana Paes e Murilo Rosa; e R$ 38 mil a outra vítima. As informações são do g1.
As vítimas conheciam os negócios por meio de intermediadores e faziam a aplicação do dinheiro com promessa de lucros entre 4% e 8% na compra e revenda de veículos seminovos. De acordo com a denúncia do Ministério Público de São Paulo (MPSP), os investidores recebiam o retorno financeiro previsto nos primeiros meses. No entanto, o dinheiro não vinha do investimento, mas de novas vítimas atraídas pelo esquema, caracterizando um golpe de pirâmide financeira.
O golpe
Segundo informações, Juliana Paes não chegou a tratar diretamente com o golpista. O negócio teria sido acertado em maio de 2018, intermediado por um consultor financeiro da confiança de Juliana e que também foi vítima do golpe.
A apuração, feita a partir da quebra de sigilo bancário, revelou que entre os meses de maio e julho de 2018 houve movimentação de quase R$ 6 milhões.
Ainda segundo o Ministério Público, além de Juliana Paes, outro artista enganado foi Murilo Rosa. Neste caso, o ator perdeu R$ 460 mil. Luís Fabiano também teria caído no golpe e perdido R$ 280 mil. Já o prejuízo do gestor de investimentos da atriz seria de R$ 84 mil.
O MPSP diz, na acusação, que “os denunciados se associaram com o fim de cometerem crimes de estelionato na modalidade de pirâmide financeira. De maneira previamente orquestrada e urdida para cometimento dos delitos de maneira profissionalizada, constituindo a empresa F2S, a qual falsamente oferecia um modelo de investimento, consistente na aquisição de automóveis seminovos e posterior revenda a lojistas, com rentabilidade entre 4% a 8%”.
Ainda segundo a denúncia, “o golpe era aplicado na forma de pirâmide contra vítimas certas e determinadas”.