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Justiça manda derrubar comentários racistas contra Miss São Paulo 2024

Milla Vieira sofreu ataques desde sua coroação como Miss São Paulo, em julho. O TJSP determinou a derrubada dos comentários racistas

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Milla Vieira sofreu ataques desde sua coroação como Miss São Paulo, em julho. TJ-SP determinou a derrubada dos comentários racistas - Metrópoles
1 de 1 Milla Vieira sofreu ataques desde sua coroação como Miss São Paulo, em julho. TJ-SP determinou a derrubada dos comentários racistas - Metrópoles - Foto: Reprodução/ Instagram

São Paulo A Justiça de São Paulo determinou a derrubada de comentários racistas contra Milla Vieira, que foi eleita Miss São Paulo 2024 em 24 de julho. A modelo vem sofrendo ataques nas redes sociais desde sua coroação. A decisão judicial é da última quarta-feira (25/9).

A entidade União Brasileira de Mulheres solicitou, em 1º de agosto, uma investigação federal sobre as falas preconceituosas. No mesmo dia, a Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância do Departamento Estadual de Homicídios e Proteção à Pessoa instaurou um inquérito policial para a apuração de crime de injúria racial e racismo.

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No dia 24/7, Milla Vieira foi coroada Miss São Paulo 2024
O sonho de Milla sempre foi vencer o concurso
A polícia abriu inquérito para investigar os ataques racistas
Polícia Civil afirmou que abriu inquérito para investigar os ataques sofridos pela Miss São Paulo 2024
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Milla Vieira tem 34 anos e é de São Bernardo do Campo

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No dia 24/7, Milla Vieira foi coroada Miss São Paulo 2024

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O sonho de Milla sempre foi vencer o concurso

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A polícia abriu inquérito para investigar os ataques racistas

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Polícia Civil afirmou que abriu inquérito para investigar os ataques sofridos pela Miss São Paulo 2024

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O Metrópoles teve acesso ao processo onde a Justiça determina, além da retirada dos comentários, que o Instagram forneça os endereços de IPs de 93 usuários. O juiz Antonio Manssur Filho deu 5 dias para a Meta, empresa que é dona da rede social, cumprir a decisão liminar.

A miss, que representou São Bernardo do Campo na competição, celebrou a determinação do TJSP.

“Tomo a responsabilidade como cidadã em seguir em frente, sendo exemplo de que não podemos aceitar nenhum tipo de agressão, humilhação ou preconceito. E eu luto pelo nosso direito de ocupar qualquer espaço. Nada nem ninguém pode definir seu futuro ou limitar seus sonhos”, disse no Instagram.

Comentários racistas

Os ataques contra Milla Vieira começaram no dia em que sua coroação no Miss São Paulo 2024 foi divulgada. Na ocasião, tanto o Miss Universe Brasil quanto o Miss Universe São Paulo divulgaram nota lamentando a situação.

As organizações oficiais lançaram, no dia 29 de julho, uma nota de repúdio sobre o caso. “É com grande indignação e tristeza que nos manifestamos contra os atos de racismo cometidos contra Milla Vieira, Miss Universe São Paulo 2024. Em um momento que deveria ser de celebração e orgulho, Milla está sendo alvo de comentários racistas e ataques injustificados, evidenciando que nossa sociedade ainda está longe de alcançar a verdadeira igualdade”, começava a nota.

Além disso, os organizadores do concurso de beleza garantiram que a modelo de São Bernardo do Campo fez por merecer sua vitória. “Milla Vieira se destacou em todas as etapas do concurso, demonstrando competência, graça e talento excepcionais, sendo, portanto, merecedora do título de Miss Universe São Paulo 2024. A organização do Miss Universe São Paulo está certa de que Milla Vieira detém beleza excepcional e é a candidata que possui todas as competências necessárias para ocupar este posto de tanta responsabilidade. Sua conquista é um reflexo de sua dedicação e excelência, e deve ser reconhecida e celebrada por todos.”

As organizações dos concursos afirmaram que estão apoiando a miss na tomada de providências legais.

Investigação

A solicitação feita pela União Brasileira de Mulheres (UBM) queria que o Ministério Público Federal abrisse dois procedimentos: um criminal e outro civil. O primeiro pedia que a investigação dos crimes de racismo e misoginia fosse conduzida pela Polícia Federal, considerando o ambiente em que os delitos estão sendo praticados. E no pedido de procedimento civil, a UBM solicitou que fossem apurados quais mecanismos e ações os organizadores do concurso adotaram em casos semelhantes.

O inquérito da polícia foi aberto no dia 1º de agosto. A Secretaria da Segurança Pública confirmou que “a Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância do Departamento Estadual de Homicídios e Proteção à Pessoa está ciente dos fatos divulgados e instaurou um inquérito policial para a apuração de crime de injúria racial e racismo.”

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