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Justiça aceita denúncia e PM suspeito de matar jovem com tiro vira réu

Justiça aceitou pedido de prisão preventiva de Maicon de Oliveira Santos, suspeito de matar jovem de 27 anos no interior de São Paulo

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Imagem colorida mostra uma pessoa em cima de uma moto apontando uma arma e dando um tiro. Ele seria um PM que foi alvo de uma tentativa de assalto em uma avenida em Ribeirão Preto - Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida mostra uma pessoa em cima de uma moto apontando uma arma e dando um tiro. Ele seria um PM que foi alvo de uma tentativa de assalto em uma avenida em Ribeirão Preto - Metrópoles - Foto: Reprodução

São Paulo — A Justiça aceitou o pedido do Ministério Público de São Paulo (MPSP) e tornou réu o policial militar Maicon de Oliveira Santos, de 35 anos, pela morte da gerente de loja Julia Ferraz, de 27 anos, em Ribeirão Preto, interior de São Paulo, no último dia 14.

Maicon vai responder por dupla tentativa de homicídio duplamente qualificada e homicídio consumado duplamente qualificado. No pedido de prisão preventiva, a justificativa da promotoria foi “para garantia da ordem pública, ao considerar a periculosidade do agente revelada na gravidade do delito”.

Ele foi preso em flagrante, mas teve liberdade provisória concedida pela Justiça após audiência de custódia, no dia 15. O benefício foi concedido ao PM com imposição de medidas cautelares.

PM alega legítima defesa

De acordo com a Secretaria de Segurança Pública (SSP), é do PM a arma de onde partiu o disparo que atingiu a vítima na região do peito, após uma suposta tentativa de assalto na madrugada desta segunda.

Julia Ferraz atravessava, com um amigo, o canteiro central da Avenida Independência, uma das principais vias do bairro Alto da Boa Vista, na zona sul da cidade, repleta de restaurantes, bares e estabelecimentos comerciais. Ela foi socorrida, mas não resistiu aos ferimentos.

Em depoimento à polícia, Maicon disse que sofreu uma tentativa de assalto por dois bandidos quando seguia para uma lanchonete que fica na mesma avenida e, por isso, atirou. Ele estava de folga.

Os suspeitos de cometerem o assalto negam a versão do PM e dizem que discutiram com Maicon porque eles ultrapassaram um sinal vermelho na Avenida Itatiaia, irritando o policial militar, que começou uma perseguição.

A discussão seguiu até a Avenida Independência, quando as duas motos se emparelharam. Foi quando, segundo Gustavo Alexandre Scandiuzzi Filho, o PM fez os disparos na direção dele e de Arthur. Um dos tiros atingiu Julia.

Os jovens também foram atingidos, mas sem gravidade. Gustavo levou um tiro na perna, passou por uma cirurgia e recebeu alta uma semana após o acidente.

Segundo a delegada responsável pelo caso, Vanessa Matos da Costa, foram encontradas, pelo menos, dez cápsulas de bala no local.

O boletim de ocorrência foi registrado como homicídio consumado e duas tentativas de homicídio, uma vez que Maicon teria tentado atirar contra dois homens em uma moto. A arma do policial foi apreendida, assim como as duas motos envolvidas no incidente.

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