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Justiça absolve vereador Camilo Cristófaro de acusação de racismo

Apesar de absolvido na Justiça, o vereador Camilo Cristófaro (Avante) ainda pode ter o mandato cassado pela Câmara Municipal de SP

atualizado

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Afonso Braga/Divulgação
Camilo Cristófaro, homem branco de cabelos grisalhos, terno escuro, camisa escura e gravata lilás, discursa em microfone posicionado em cima de bancada - Metrópoles
1 de 1 Camilo Cristófaro, homem branco de cabelos grisalhos, terno escuro, camisa escura e gravata lilás, discursa em microfone posicionado em cima de bancada - Metrópoles - Foto: Afonso Braga/Divulgação

São Paulo – O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) absolveu o vereador Camilo Cristófaro (Avante), nesta quinta-feira (13/7), da acusação de ter proferido uma fala racista durante sessão híbrida da Câmara Municipal paulistana.

Camilo é investigado após ter uma fala sua vazada, em 3 maio de 2022, durante sessão da CPI dos Aplicativos na Câmara: “Não lavar a calçada… É coisa de preto, né?”, disse o vereador na ocasião.

De acordo com o juiz Fábio Aguiar Munhoz Soares, da 17ª Vara Criminal, não é possível comprovar que o vereador tinha o intuito de discriminar ninguém com a frase. O magistrado acrescentou ainda que a declaração foi tirada de contexto.

“As pessoas que ouviram a frase sendo dita pelo acusado não sabiam o contexto em que era dita ou a quem era dirigida, pondo-se a censurar o acusado tão somente porque dissera este algo de cunho discriminatório/racista sem investigar contudo o contexto em que fora a fala proferida”, justificou.

“Ora, a fala do acusado, como se demonstrou de forma exaustiva pelas testemunhas ouvidas em juízo, foi extraída de um contexto de brincadeira, de pilhéria, mas nunca de um contexto de segregação, de discriminação ou coisa que o valha”, escreveu o juiz Fábio Munhoz Soares.

A reportagem entrou em contato com o vereador, mas não recebeu retorno.

Vereador ainda pode ter mandato cassado

Apesar de absolvido pela Justiça, Cristófaro ainda pode ter o mandato cassado. A Corregedoria da Câmara de São Paulo marcou o julgamento do vereador para o dia 24 de agosto, após o processo ter ficado mais de um ano parado.

As testemunhas do caso foram ouvidas em junho deste ano. O processo tem como relator o vereador Marlon Luz (MDB), da base do prefeito Ricardo Nunes (MDB).

Caso o relatório de Luz seja a favor da cassação, o texto terá de ser aprovado pelos cinco parlamentares que compõem a Corregedoria para, então, ser encaminhado ao plenário da Câmara, onde precisa ser aprovado por 28 votos entre os 55 vereadores.

Vereadores ouvidos pelo Metrópoles afirmaram que as chances de Cristófaro escapar da cassação são remotas.

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