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Justiça torna réus 19 denunciados por elo de empresa de ônibus com PCC

O pedido acatado foi feito pelo MPSP; os 19 réus são ligados à UpBus, empresa de ônibus que atuava em São Paulo e seria ligada ao PCC

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foto colorida de viaturas policiais a postos para participar da operação Fim de Linha, do MPSP, que mira empresas de ônibus suspeitas de ligação com o PCC - Metrópoles
1 de 1 foto colorida de viaturas policiais a postos para participar da operação Fim de Linha, do MPSP, que mira empresas de ônibus suspeitas de ligação com o PCC - Metrópoles - Foto: Divulgação/MPSP

São Paulo — O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) acatou nessa terça-feira (16/4) a denúncia que torna réus 19 envolvidos com a Upbus, empresa de ônibus que seria ligada ao Primeiro Comando da Capital (PCC). Os denunciados são suspeitos de envolvimento em um esquema de lavagem de dinheiro oriundo do tráfico de drogas da facção.

As investigações fazem parte da Operação Fim da Linha, deflagrada em 9 de abril. A denúncia foi oferecida pelo Ministério Público, por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e faz parte da Operação Fim da Linha.

O grupo da UpBus é acusado de lavar R$ 20,9 milhões do PCC, obtidos com tráfico de drogas e outros crimes.

Na decisão dessa terça-feira, a Justiça determinou o bloqueio de mais de R$ 600 milhões em patrimônio para garantir o pagamento a título de dano moral coletivo.

Oo sócio da empresa e também acusado de ser um dos líderes da facção, Alexandre Salles Brito, o Buiú, foi preso preventivamente na terça. Envolvidos no esquema, outros dois investigados estão foragidos: Silvio Luiz Ferreira, o Cebola, 45, que é apontado como o chefe do esquema, e Décio Gouveia Luiz, o Décio Português.

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Décio Português é apontado como líder do PCC
Buiú é apontado como um dos chefes do PCC
Acessórios e produtos de beleza apreendidos em operação do MPSP
Promotor Lincoln Gakiya fala a policiais antes do início da Operação Fim de Linha, que mira empresas de ônibus suspeitas de ligação com o PCC
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Silvio Luiz Ferreira, o Cebola

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Décio Português é apontado como líder do PCC

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Buiú é apontado como um dos chefes do PCC

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Acessórios e produtos de beleza apreendidos em operação do MPSP

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Promotor Lincoln Gakiya fala a policiais antes do início da Operação Fim de Linha, que mira empresas de ônibus suspeitas de ligação com o PCC

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Viaturas policiais a postos para participar da Operação Fim de Linha, do MPSP, que mira empresas de ônibus suspeitas de ligação com o PCC

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Viaturas policiais a postos para participar da Operação Fim de Linha, do MPSP, que mira empresas de ônibus suspeitas de ligação com o PCC

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Policiais recebem orientações antes de participar da Operação Fim de Linha, do MPSP, que mira empresas de ônibus suspeitas de ligação com o PCC

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Operação Fim de Linha, do MP, apreendeu armas e dinheiros com dirigentes de empresas de ônibus

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Operação Fim de Linha, do MP, apreendeu armas e dinheiros com dirigentes de empresas de ônibus

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Agentes da receita em garagens de ônibus

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Luiz Carlos Efigênio Pandolfi, o Pandora, dono da Transwolff

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Buiú

Com passagens por roubo, tráfico de drogas e porte ilegal de armas, Buiú faz parte da Sintonia Geral do Progresso, célula reservada a integrantes da “mais alta cúpula”, responsável pelo comércio ilegal de cocaína, a principal atividade do PCC, de acordo com a denúncia.

Em 2004, ele foi flagrado transportando uma submetralhadora, sem autorização. Já em 2012, foi preso novamente por estar com 10,5 quilos de maconha, além de um fuzil ruger .30 e munições calibre .556.

Na ocasião, Buiú ainda tentou subornar PMs da Rota para não ser detido. Ele seria condenado a 12 anos de prisão, em regime inicial fechado, pelos crimes.

O seu nome também consta na primeira grande denúncia por associação oferecida pelo MPSP, em 2013, contra 174 lideranças do PCC – lista que inclui Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, o chefão da facção.

“As provas colhidas demonstraram que Buiú tinha relação próxima com Silvio Luiz Ferreira [Cebola] e, constantemente, tratava por telefone a respeito da logística do tráfico de drogas, mencionando, inclusive, algumas reuniões, no interior da sede da UpBus”, diz a denúncia.

UpBus

A empresa de ônibus teria sido criada já com objetivo de lavar dinheiro do PCC, segundo o MPSP. O esquema envolvia desde distribuição desordenada de lucros e dividendos para diretores, a movimentações financeiras feitas até em nome de loja de brinquedos.

Segundo a investigação, a UpBus foi aberta pelos sócios Ubiratan Antonio da Cunha, Marcelo Paschoal Cardoso e Luiz Carlos Calegari – todos denunciados na Operação Fim da Linha. Com cotas igualmente distribuídas, a empresa tinha capital social de R$ 1 milhão em 2014.

Levantamento da Receita Federal, no entanto, indicou que os fundadores “não dispunham de capacidade patrimonial” para justificar esse valor. Marcelo, por exemplo, teria supostamente contribuído com 53 veículos para entrar na sociedade, mas só um deles era declarado.

Menos de um ano depois, em maio de 2015, a empresa virou uma sociedade anônima de capital fechado e houve, a partir de então, o ingresso de mais de 70 acionistas – parte deles também suspeita de ostentar patrimônio sem lastro, segundo o MPSP. Com isso, o capital social saltou para mais de R$ 20 milhões.

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