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Júri absolve policial militar acusado de matar MC Primo em 2012

Laudo pericial apontou que projétil encontrado em corpo de MC Primo teria partido de arma do policial militar Anderson de Oliveira Freitas

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1 de 1 MC Primo - Foto: Reprodução

São Paulo — O policial militar Anderson de Oliveira Freitas, acusado de matar o funkeiro MC Primo, foi absolvido nessa terça-feira (16/7), em julgamento em tribunal do júri no Foro de São Vicente, no litoral sul de São Paulo. O PM, que estava preso preventivamente desde 2022, teve o alvará de soltura expedido pelo juiz.

Jadielson da Silva Almeida, conhecido como MC Primo, foi morto em abril de 2012 quando chegava em casa, no bairro Jóquei Clube, em abril de 2012. Suspeitos se aproximaram em uma motocicleta e em um carro branco e efetuaram 11 disparos. O MC foi socorrido, mas não resistiu. Ele tinha 28 anos.

Anderson de Oliveira Freitas foi identificado como atirador após um exame pericial comprovar que um dos projéteis partiu de sua arma. Em dezembro de 2022, ele foi denunciado pelo Ministério Público de São Paulo (MPSP) e preso preventivamente. Os outros envolvidos não foram identificados.

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O julgamento, que chegou ao fim nessa terça, teve início em 14 de maio. Na ocasião, as testemunhas e o réu prestaram depoimentos. A sessão foi suspensa após a defesa do policial militar abandonar o plenário.

O julgamento teve início em 14 de maio. Na ocasião, as testemunhas e o réu prestaram depoimentos. A sessão foi suspensa após a defesa do policial militar abandonar o plenário.

Nessa terça, após as testemunhas prestarem depoimento novamente, a maioria dos jurados votou para absolver o réu.

Eles votaram “sim” para o item que questionava se os ferimentos descritos no laudo causaram a morte de MC Primo, mas “não” para o item que questionava se Anderson de Oliveira Freitas havia feito os disparos.

Denúncia

Em dezembro de 2022, o MPSP apresentou uma denúncia na qual um exame pericial comprovou que um dos 11 projéteis que atingiram a vítima saiu da arma de fogo de Anderson, que teve a prisão preventiva decretada.

Na ocasião, o promotor de Justiça Fabio Perez Fernandez afirmou que Anderson “e seus comparsas” aguardam a vítima chegar de carro em casa e estacionar o veículo.

“Os criminosos então se aproximaram em um carro e uma motocicleta, efetuando diversos disparos de arma de fogo contra Jadielson, sendo o denunciado um dos atiradores. Na sequência, os criminosos fugiram”, diz o documento.

A defesa do policial militar dizia que ele não trabalhou como PM na data, pois era sua folga. Anderson ainda declarou que não conhecia a vítima antes dos fatos serem veiculados.

Mortes de MCs

Entre 2010 e 2012, pelo menos cinco MCs foram executados na Baixada Santista. Além de MC Primo, foram mortos MC Careca, MC Duda do Marapé, MC Felipe Boladão e Japonês do Funk. As investigações da Polícia Civil sobre os crimes nunca apontaram culpados.

Na época, o major da Polícia Militar Levi Anastacio Felix, membro da corregedoria da corporação, apontou uma possível participação de PMs nos assassinatos, em um suposto grupo de extermínio.

“Eles fazem muito protesto, falam de grupos de poderes constituídos, falam da polícia também. Então, vamos dizer que alguns policiais podem não ter muita simpatia pelo MC Primo”, disse o major em entrevista coletiva após a morte de Primo.

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