metropoles.com

Juiz manda prender morto em racha do PCC por não voltar de saidinha

Juiz expediu ordem de recaptura contra tesoureiro do PCC “Luiz Conta Dinheiro”, fuzilado no início do mês, por não voltar de saidinha

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Reprodução/Polícia Civil
Imagem colorida de mancha de sangue, desfocada, em chão de terra, com retrato em destaque, na lateral esquerda, de homem pardo, sem barba e cabelo curto - Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida de mancha de sangue, desfocada, em chão de terra, com retrato em destaque, na lateral esquerda, de homem pardo, sem barba e cabelo curto - Metrópoles - Foto: Reprodução/Polícia Civil

São Paulo – O juiz Fernando Baldi Marchetti, do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), expediu na terça-feira (26/3) uma ordem de prisão contra Luiz dos Santos Rocha, o “Luiz Conta Dinheiro”, 55 anos, que foi morto duas semanas antes, durante episódio atribuído ao racha interno do Primeiro Comando da Capital (PCC). A justificativa é que o alvo não voltou da saidinha.

Apontado como tesoureiro do PCC, Luiz Conta Dinheiro cumpria pena, em regime semiaberto, por porte ilegal de arma de fogo, na Penitenciária Nestor Canoa – Mirandópolis 1, no interior paulista.

Por volta das 17h do 12 de março, ele foi fuzilado no momento em que chegava de carro em casa, em Atibaia, também no interior, após ser beneficiado pela primeira saída temporária de 2024. A execução, noticiada pelo Metrópoles, foi amplamente divulgada pela imprensa.

Como Luiz Conta Dinheiro não retornou para a cadeia, a Secretaria da Administração Penitenciária (SAP) instaurou investigação interna por suposta “falta disciplinar de natureza grave”.

5 imagens
Familiar foge correndo após membro do PCC ser fuzilado em carro
Tesoureiro do PCC morreu antes de desembarcar de carro
Assassino desembarca empunhando fuzil
1 de 5

Luiz dos Santos Rocha, de 54 anos, estava jurado de morte

Reprodução/Polícia Civil
2 de 5

Reprodução/Câmera Monitoramento
3 de 5

Familiar foge correndo após membro do PCC ser fuzilado em carro

Reprodução/Câmera Monitoramento
4 de 5

Tesoureiro do PCC morreu antes de desembarcar de carro

Reprodução/Câmera Monitoramento
5 de 5

Assassino desembarca empunhando fuzil

Reprodução/Câmera Monitoramento

Mandado de recaptura

A pasta do governo Tarcísio de Freitas (Republicanos) também pediu à Justiça que o preso, que já estava morto, voltasse para o regime fechado e perdesse o direito às saidinhas. O ofício foi enviado ao juiz de execução penal no dia 19 de março, uma semana após o assassinato.

Ao apreciar o pedido, o juiz Fernando Baldi Marchetti, do Departamento Estadual de Execução Criminal de Araçatuba, no interior paulista, decretou a suspensão do regime semiaberto de Luiz Conta Dinheiro.

Na decisão, o magistrado também expediu mandado de “recaptura com urgência” contra o tesoureiro do PCC.

O mandado de prisão afirma que o suposto foragido teria “cometido, em tese, falta grave, consistente em abandono, ao não retornar da saída temporária”.

Racha do PCC

Investigadores atribuem a morte de Luiz Conta Dinheiro ao racha que divide a alta cúpula do PCC. A disputa de poder envolve Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, o líder máximo a facção, contra antigos aliados.

Os dissidentes são Roberto Soriano, o Tiriça, Abel Pacheco de Andrade, o Abel Vida Loka, e Wanderson Nilton de Paula Lima, o Andinho. Eles receberam apoio de pelo menos mais dois líderes históricos do PCC: Daniel Vinicius Canônico, o Cego, e Reinaldo Teixeira dos Santos, o Funchal.

O principal motivo do conflito, que já é considerado histórico, seria um diálogo gravado entre Marcola e policiais penais federais, na Penitenciária Federal de Porto Velho (RO). Na ocasião, o líder máximo do PCC afirma que Tiriça seria um “psicopata”.

A declaração foi usada por promotores durante o julgamento de Tiriça, que foi condenado a 31 anos e 6 meses de prisão, em 2023, por ser o mandante do assassinato da psicóloga Melissa de Almeida Araújo.

A fala de Marcola teria sido interpretada pelos antigos aliados como uma espécie de delação.

Tiriça, Vida Loka e Cego faziam parte da alta cúpula da facção desde 2002, quando Marcola escalou na hierarquia e assumiu o controle do grupo criminoso. Já Andinho e Funchal também são integrantes da facção há décadas e chegaram a assumir postos de liderança.

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comSão Paulo

Você quer ficar por dentro das notícias de São Paulo e receber notificações em tempo real?