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Juiz nega prisão de Marçal e suspende conta de candidato no Instagram

A medida deverá ser cumprida em duas horas sob pena de imediato bloqueio de R$ 200 mil da plataforma

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Bolsonaro Candidato à Prefeitura de São Paulo Pablo Marçal
1 de 1 Bolsonaro Candidato à Prefeitura de São Paulo Pablo Marçal - Foto: Metrópoles

O juiz Rodrigo Capez, do Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo, negou o pedido de prisão de Pablo Marçal (PRTB), mas mandou suspender, neste sábado (5/10), o perfil @pablomarcalporsp no Instagram pelo prazo de 48 horas. A medida deverá ser cumprida nas próximas 2 horas sob pena de imediato bloqueio de R$ 200 mil da plataforma.

De acordo com a decisão, caso haja demonstração de que outros perfis ou contas utilizados por Marçal estejam sendo utilizados com idêntica finalidade, a mesma decisão será decretada.

O juiz também requisitou à Polícia Federal a instauração de inquérito policial para apuração do falso laudo médico divulgado pelo candidato contra o adversário Guilherme Boulos (PSol) e para que sejam avaliados pedidos de busca e apreensão e afastamento de sigilo de dados e comunicações.

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Boulos postou em 20 de janeiro de 2021 que estava distribuindo cestas básicas na periferia de São Paulo
Médico já falecido assina laudo divulgado por Marçal contra Boulos
Receituário com assinatura e RG diferentes
Assinatura do médico José Roberto de Souza no laudo falso. No documento à direita, a assinatura em uma procuração
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Boulos e Emerson Osasco, vereador de Osasco, em 19/1/2021, data do suposto surto do deputado por cocaína

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Boulos postou em 20 de janeiro de 2021 que estava distribuindo cestas básicas na periferia de São Paulo

Reprodução/Instagram
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Médico já falecido assina laudo divulgado por Marçal contra Boulos

Coluna Paulo Cappelli
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Receituário com assinatura e RG diferentes

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Assinatura do médico José Roberto de Souza no laudo falso. No documento à direita, a assinatura em uma procuração

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A decisão contraria pedido do Ministério Público Eleitoral, que opinou pelo indeferimento do pedido de prisão preventiva de Marçal solicitado por Boulos além de defender “que não há elementos para o deferimento de cautelares de busca e apreensão, afastamento de sigilos telefônico e telemático e suspensão do uso de rede social, por se tratar de garantias constitucionais à vida privada e à intimidade, que ‘só podem ser descortinadas quando houver perigo de lesão ao bem jurídico'”.

Laudo falso

O candidato à Prefeitura de São Paulo pelo PSol, Guilherme Boulos, pediu a prisão do influencer Pablo Marçal (PRTB) após o adversário divulgar, na noite dessa sexta-feira (4/10), um suposto receituário médico com a informação de que o psolista teria sido internado por uso de cocaína.

O juiz Rodrigo Marzola Colombini, da 2ª Zona Eleitoral de São Paulo, já havia concedido, na manhã deste sábado (5/10), liminar determinando a exclusão de posts publicados no Instagram, TikTok e Youtube sobre um falso documento divulgado pelo candidato Pablo Marçal (PRTB) contra o adversário Guilherme Boulos (PSol).

“Há plausibilidade nas alegações [dos autores da representação], envolvendo não apenas a falsidade do documento, a proximidade do dono da clínica em que foi gerado o documento com o requerido Pablo Marçal, documento médico assinado por profissional já falecido, e a data em que divulgados tais fatos, justamente na antevéspera do feito”, afirmou o juiz.

PF investiga

A Polícia Federal vai abrir um inquérito para investigar um falso laudo médico divulgado pelo candidato Pablo Marçal (PRTB) contra o adversário Guilherme Boulos (PSol). Os agentes federais já estão analisando o falso receituário médico com a informação de que o psolista teria sido internado por uso de cocaína.

O documento que foi divulgado por Marçal em seu perfil no Instagram é datado de 19 de janeiro de 2021, com a assinatura do médico José Roberto de Souza. O Metrópoles apurou que o CRM dele está inativo no Conselho Regional de Medicina desde abril de 2022 e que ele já faleceu. Duas filhas médico que faleceu desmentiram que o pai tivesse trabalho na clínica em que Guilherme Boulos teria sido atendido.

O suposto receituário indica que Boulos, com “surto psicótico grave”, teria sido submetido a um exame toxicológico que constatou a presença de 2,825 ng/mg de cocaína no sangue. O documento, segundo Guilherme Boulos, é falso.

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