Juiz nega pedido de prisão e devolução de carro de estudante da USP
Ministério Público já havia se posicionado contra a prisão preventiva de estudante da USP acusada de desviar R$ 937 mil de formatura
atualizado
Compartilhar notícia
São Paulo – A Justiça de São Paulo negou o pedido de prisão preventiva da estudante Alicia Dudy Muler, de 25 anos, feito pela Polícia Civil. A jovem é acusada de ter desviado R$ 937 mil do fundo de formatura de sua turma de Medicina na USP. O Ministério Público já havia se posicionado contra a prisão.
O juiz Fabio Pando de Matos afirmou na decisão que o pedido será novamente avaliado após as diligências solicitadas pelo MP. O magistrado também negou uma solicitação da defesa de Alicia para reaver o carro, celular e notebook apreendidos pela polícia.
A estudante foi indiciada pela polícia por cometer, por nove vezes, o crime de apropriação indébita, mas o MP entendeu que os indícios do caso são de estelionato. A promotoria solicitou que o inquérito policial colha a representação das vítimas e junte informações sobre o prejuízo de cada uma, de forma individual.
No dia 24 de janeiro, a polícia foi até o apartamento da jovem, na Vila Mariana, zona sul de São Paulo, e fez a apreensão do carro e dos aparelhos eletrônicos, além de cadernos de anotações, cartões de crédito e recibos de apostas de loteria.
“A própria investigada, em seu interrogatório, confessou ter se utilizado do dinheiro, produto do crime, para locar o veículo que agora pretende ver restituído. Só por aí, percebe-se que o bem interessa à investigação. (…) Em relação ao notebook e ao aparelho celular, também sem qualquer sentido, ao menos por ora, a devolução, seja porque tais aparelhos eletrônicos contêm informações importantes à elucidação do crime”, escreveu o juiz em decisão dessa quinta-feira (2/1).
De acordo com a investigação, além do carro, Alícia confessou à polícia que também alugou o apartamento em que mora com o dinheiro desviado dos colegas.