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Juiz impõe fiança de R$ 500 mil e suspende CNH de dono de Porsche

Juiz do TJSP negou, nesta segunda-feira (8/4), prisão preventiva de dono do Porsche, acusado de causar acidente que matou motorista em SP

atualizado

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foto colorida de Fernando Sastre de Andrade Filho, acusado de homicídio após provocar um acidente com seu Porsche em alta velocidade - Metrópoles
1 de 1 foto colorida de Fernando Sastre de Andrade Filho, acusado de homicídio após provocar um acidente com seu Porsche em alta velocidade - Metrópoles - Foto: Reprodução

São Paulo – O juiz Roberto Zanichelli Cintra, da 1ª Vara do Júri, do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), que negou o pedido de prisão preventiva de Fernando Sastre Filho, de 24 anos, acusado de bater com o seu Porsche em alta velocidade e causar a morte de um motorista de aplicativo, no Tatuapé, na zona leste da capital paulista, fixou fiança de R$ 500 mil para manter o empresário em liberdade.

A decisão, proferida nesta segunda-feira (8/4), estabelece o prazo de 48 horas para o pagamento da fiança. De acordo com o juiz, o valor de R$ 500 mil é “proporcional e adequado” à “condição socioeconômica” do acusado. O processo está sob segredo de Justiça.

Segundo a decisão, esse dinheiro deve ser usado para “eventual reparação de danos” à família do motorista Ornaldo da Silva Viana, de 52, que morreu na tragédia, e ao amigo do empresário que estava com ele no momento do acidente, o estudante Marcus Vinicius Machado Rocha, de 22, que está hospitalizado em estado grave.

Além da fiança, o magistrado determina uma série de medidas cautelares, como proibição de Fernando Filho ter contato ou se aproximar da vítima sobrevivente, de testemunhas e de familiares de testemunhas por, no mínimo, 500 metros.

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Fernando Sastre de Andrade Filho, acusado de homicídio após provocar um acidente com seu Porsche em alta velocidade
Fernando Sastre de Andrade Filho, acusado de homicídio após provocar um acidente com seu Porsche em alta velocidade
Empresário Fernando Sastre de Andrade Filho sai do 30º DP pela porta da frente
Acompanhado da mãe, Fernando Sastre de Andrade Filho se apresentou à delegacia em 1º de abril de 2024
Fernando Sastre de Andrade Filho estava desaparecido
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Motorista do Porsche esteve na unidade policial para prestar depoimento

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Fernando Sastre de Andrade Filho, acusado de homicídio após provocar um acidente com seu Porsche em alta velocidade

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Fernando Sastre de Andrade Filho, acusado de homicídio após provocar um acidente com seu Porsche em alta velocidade

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Empresário Fernando Sastre de Andrade Filho sai do 30º DP pela porta da frente

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Acompanhado da mãe, Fernando Sastre de Andrade Filho se apresentou à delegacia em 1º de abril de 2024

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Fernando Sastre de Andrade Filho estava desaparecido

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Dianteira de carro de luxo ficou completamente destruída

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Asfalto ficou com marcas de pneus após acidente, ocorrido em alta velocidade

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Carro da vítima teve a traseira destruída

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Motorista do Renault Sandero morreu durante atendimento hospitalar

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Outras medidas

O caso aconteceu na madrugada de 31 de março, na Avenida Salim Farah Maluf, no Tatuapé. Por decisão da Justiça paulista, o empresário também teve a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) suspensa e não pode frequentar o restaurante ou a casa de poker em que esteve na noite do acidente.

Fernando Filho está proibido, ainda, de deixar o país, e ele não pode se ausentar da comarca por mais de 8 dias ou mudar de endereço sem comunicar ao TJSP.

Por fim, o empresário deve entregar seu celular em até 24 horas, na delegacia, para que a Polícia Civil extraia dados do aparelho que podem ajudar na investigação.

As medidas cautelares haviam sido sugeridas pelo Ministério Público de São Paulo (MPSP), caso o pedido de prisão preventiva fosse negado.

“Rigor estatal”

“Ressalte-se que a prisão cautelar não se presta à antecipação de pena. Sua natureza é excepcional, e somente deve ser aplicada para a proteção da integridade da instrução criminal”, escreveu o juiz, na decisão.

“No entanto, o comportamento do investigado ao se evadir do local dos fatos, com a ajuda de sua mãe, não pode ser ignorado e demanda maior rigor estatal.”

Em depoimento à Polícia Civil, Fernando Filho admitiu que dirigia “um pouco acima” da velocidade permitida, de até 50 km/h, e negou ter ingerido bebida alcoólica – versão que é contestada por vídeos e relatos de testemunhas colhidos pelos investigadores.

O Metrópoles procurou a defesa do investigado. O espaço segue aberto para manifestação.

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