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Jovens boxeadores aprendem com a derrota e aplaudem Keno Marley em SP

Grupo do projeto Na Luta assistiu luta por celular e enviou mensagem para o boxeador baiano, que também começou a treinar num projeto social

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Imagem colorida mostra pessoas assistindo imagens de uma luta de boxe no celular - Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida mostra pessoas assistindo imagens de uma luta de boxe no celular - Metrópoles - Foto: Claudia Castelo Branco/Metrópoles

São PauloO boxe é feito de vitórias gloriosas e derrotas dramáticas. Nesta quinta-feira (1/7), o Metrópoles encontrou um grupo de jovens lutadores na sede do Projeto Na Luta, no Jardim Vergueiro, na zona sul de São Paulo. Entre exercícios, esquivas, jogo de pernas e golpes repetidos em frente ao espelho, fizeram uma pausa para assistir a luta de Keno Marley. Sentados no ringue, concentraram-se nas imagens transmitidas por um aparelho celular. Com os olhos fixos na luta contra o francês Lazizbek Mullojonov, torciam e comentavam sobre a atuação do atleta baiano. “Baixa o queixo”, “Dominar a luta” e “Pra cima dele, Keno”, repetiam. 

A luta era decisiva. No boxe olímpico não há disputa do terceiro lugar. Tem ouro, prata e dois bronzes. A  vitória de Keno garantiria esse bronze. Mas não foi dessa vez. Keno, uma das grandes esperanças de medalha do boxe brasileiro nas Olimpíadas de Paris 2024, perdeu a luta na categoria peso-pesado (até 92kg) nas quartas de final. O grupo que assistia tudo em cima do ringue, embora confiante, aceitou o resultado e aplaudiu Keno. 

“Aprendo com a dificuldade. Sem os erros, não tem como acertar”, refletiu João, 11, pedindo licença para cumprimentar os colegas de treino no ginásio do Projeto Na Luta. Focado, o garoto sonha em ser campeão olímpico. “Vou golpeando, me movimentando”, diz sobre sua estratégia no ringue. Com a inocência preservada de uma criança, ainda não sabe que sua frase serve também para a vida.

Para Bryan Rafael, 14, suas referências no boxe não são nomes consagrados mundialmente. Nem Muhammad Ali, nem Popó, sua inspiração é o seu professor, Valdemir Junior. “Eles é que são minha motivação”, devolve o atleta.

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Keno Marley e João
Alunos do Projeto Na Luta assistem luta de Keno Marley
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Idealizador do projeto, Cebola é professor há mais de 30 anos
Visita ao Centro de Treinamento antes da Olimpíada de Paris
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Concentrados e na torcida

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Keno Marley e João

Foto/Na Luta
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Alunos do Projeto Na Luta assistem luta de Keno Marley

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Idealizador do projeto, Cebola é professor há mais de 30 anos

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Visita ao Centro de Treinamento antes da Olimpíada de Paris

Divulgação

Um dia antes da Seleção Brasileira de Boxe Olímpico embarcar para Paris, os jovens encontraram os atletas no centro de treinamento. Acompanharam o treino, trocaram ideias com nomes consagrados do esporte, fizeram vídeos, fotos e exercícios com nomes como Abner Teixeira e Barbara Santos, a Bynha

Foi lá que conheceram Keno Marley, baiano que tem uma história parecida com a de muitos ali. “Pergunta pro Keno onde ele começou a treinar”, sugeriu  Átila “Cebola”Rodrigues, professor de boxe há mais de trinta anos. Posturado, o garoto repetiu a pergunta. “Foi na Bahia, num projeto social, com 11 anos. Depois vim pra São Paulo, com 13 anos, e comecei a treinar aqui”, respondeu o atleta. “Aí você vai ver ele na Olimpíada levando a medalha de ouro e um dia você vai tá lá ó”, comentou o treinador. 

De volta ao presente, e com o fim da luta, retornaram ao treino. “Vamos mandar uma mensagem pro Keno?”, sugeriu Cebola. Imediatamente, todos reuniram-se e gritaram juntos: “Força!”. Eles entendem que o boxe não é sobre troca de socos, bater e apanhar. É esporte, enfrentamento, técnica, esquiva, velocidade, tempo. “O boxe é lindo”, comenta o avô de um deles que observa o treino do neto.

Planos para sábado? “Treinar e torcer por Bia Ferreira. Com a vitória sobre a holandesa Chelsey Heijnen, garantiu o bronze e se tornou a maior medalhista do boxe nacional em Jogos Olímpicos entre homens e mulheres. 

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