Jogo do bicho e armas são alvo da Polícia Civil no interior de SP
Policiais apreenderam provas de envolvimento de comerciante com jogos ilegais e apreenderam duas armas de fogo
atualizado
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São Paulo – Um comerciante e um suspeito de envolvimento com o tráfico de drogas são investigados pela Polícia Civil no interior paulista por, respectivamente, envolvimento com o jogo do bicho e porte ilegal de arma de fogo.
Mandados de busca e apreensão, expedidos pela Justiça, foram cumpridos na manhã de quinta-feira (6/7) na cidade de Tietê, a 143 quilômetros da capital paulista. A ação contou com apoio da Polícia Militar e da Guarda Civil Municipal.
No estabelecimento de um comerciante de 55 anos, policiais apreenderam uma máquina de cartão usada para fazer jogos ilegais.
Também foram encontrados comprovantes de pagamento e resultados de apostas. O comerciante confirmou o envolvimento com o jogo do bicho, há cerca de um ano. Ele foi encaminhado à delegacia, onde prestou depoimento.
Registros falsos e armas
Ainda na manhã de quinta, policiais foram até a casa de Rafael Morais Ribeiro, 35 anos, também em Tietê.
No local, encontraram duas pistolas, calibres 9 milímetros e 45, 193 munições, quatro celulares, R$ 40 em moedas, R$ 3.257 em cédulas, além de um coldre, uma faca e máquinas de cartão de crédito e débito. Tudo foi apreendido e encaminhado para perícia.
Ao ser indagado sobre as armas de fogo, o suspeito apresentou documentação delas, por meio de um dos celulares apreendidos.
“Em pesquisas nos sistemas policiais, bem como em contato com a Polícia Federal [PF], nada resultou, de forma que há indícios de
falsidade do registro realizado”, diz trecho de registros da delegacia de Tietê.
O Metrópoles apurou que um despachante da cidade do interior é investigado pela PF sob a suspeita de praticar irregularidades em registros de armas.
Ribeiro, de acordo com a Polícia Civil, é suspeito de envolvimento com o tráfico de drogas da região.
O Exército e a PF foram acionados para confirmar a existência de registro das armas apreendidas com o suspeito.
Um clube de tiro, ao qual ele é filiado, também é consultado para constatar a eventual assiduidade que ele ia ao local, “para justificar ou não a sua permanência com os registros das armas, caso sejam verdadeiros”, diz trecho de registros policiais.
Os casos são investigados como contravenção penal e apreensão de objeto.
Os dois suspeitos, por ora, respondem às ocorrências em liberdade. Suas defesas não foram encontradas até a publicação desta reportagem. O espaço segue aberto para manifestações.