Itaquera e bairro da zona oeste lideram casos de dengue em SP
Juntos, os dois bairros respondem por 13,6% dos casos de dengue registrados na capital paulista até o dia 7/2
atualizado
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São Paulo – Itaquera, bairro da zona leste, e Vila Jaguara, na zona oeste, respondem, sozinhos, por 13,6% dos 6.496 casos de dengue registrados na capital paulista até 7 de fevereiro, quando foi lançado o último boletim epidemiológico.
Itaquera lidera a quantidade de casos com 527 diagnósticos e tem a segunda maior taxa de incidência da doença na cidade: 246 para cada 100 mil habitantes. Já a Vila Jaguara, que fica na divisa com Osasco, na Grande SP, apesar de ter 362 casos, possui a maior taxa de incidência da capital: 1.523 para cada 100 mil habitantes.
A taxa de incidência é utilizada na área da saúde para fazer comparativos mais precisos sobre o alcance de uma doença em determinada região. Por isso, a quantidade de casos é calculada numa escala de 100 mil habitantes.
Itaquera tem cerca de 600 mil habitantes e, por ser um bairro populoso, é relativamente esperado que apresente número maior de infectados que a Vila Jaguara, que possui cerca de 23 mil habitantes.
No entanto, até o momento a taxa de incidência mostra que, proporcionalmente, a população da Vila Jaguara tem sido mais afetada pela dengue (com mais de 1,5 mil casos para cada 100 mil habitantes) do que a de Itaquera (com 246 casos para cada 100 mil habitantes).
A Organização Mundial da Saúde (OMS) considera que taxas acima de 300 casos por 100 mil habitantes indicam situação epidêmica de dengue.
Entre os dez bairros com as maiores taxas de incidência da dengue, quatro ficam na zona oeste, dois na zona leste, três na zona norte e um na zona sul. Nenhum bairro da região central, até o momento, está entre os que mais registraram casos ou apresentaram a maior taxa de transmissão.
Até o momento, a capital paulista registrou uma morte por dengue.
Confira os dez bairros com mais casos de dengue
- Itaquera (zona leste): 527 casos
- Vila Jaguara (zona oeste): 362 casos
- Campo Limpo (zona sul): 341 casos
- São Domingos (zona norte): 205 casos
- Jaçanã (zona norte): 198 casos
- Jardim São Luiz (zona sul): 167 casos
- Jardim Ângela (zona sul): 167 casos
- Tremembé (zona norte): 163 casos
- São Rafael (zona leste): 147 casos
- Anhanguera (zona norte): 145 casos
Confira os dez bairros com maior taxa de incidência de dengue
- Vila Jaguara (zona oeste): 1.523 casos para cada 100 mil habitantes
- Itaquera (zona leste): 246 casos para cada 100 mil habitantes
- Vila Leopoldina (zona oeste): 239 casos para cada 100 mil habitantes
- São Domingos (zona norte): 236 casos para cada 100 mil habitantes
- Jaçanã (zona norte): 205 casos para cada 100 mil habitantes
- Anhanguera (zona norte): 163 casos para cada 100 mil habitantes
- Barra Funda (zona oeste): 148 casos para cada 100 mil habitantes
- Campo Limpo (zona sul): 146 casos para cada 100 mil habitantes
- Lapa (zona oeste): 116 casos para cada 100 mil habitantes
- São Miguel (zona leste): 104 casos para cada 100 mil habitantes
Cuidados com a dengue
Sintomas
Os sintomas da dengue podem variar de leves a graves e geralmente aparecem de 4 a 10 dias após a picada do mosquito infectado. As manifestações clínicas incluem:
- Febre alta: a temperatura corporal pode atingir valores significativamente elevados, geralmente acompanhada de calafrios e sudorese intensa;
- Dor de cabeça intensa: a dor é geralmente localizada na região frontal, podendo se estender para os olhos;
- Dores musculares e nas articulações: sensação de desconforto e dor, muitas vezes referida como “quebra ossos”;
- Náuseas e vômitos: podem ocorrer, contribuindo para a desidratação;
- Manchas vermelhas na pele: conhecidas como petéquias, essas manchas podem aparecer em diferentes partes do corpo;
- Fadiga: uma sensação geral de fraqueza e cansaço persistente.
Tratamento
O tratamento da dengue visa aliviar os sintomas e garantir a recuperação do paciente. Algumas medidas recomendadas pelo Ministério da Saúde incluem:
- Hidratação adequada: a ingestão de líquidos é fundamental para prevenir a desidratação, especialmente durante os períodos de febre e vômitos;
- Uso de analgésicos e antitérmicos: medicamentos como paracetamol podem ser utilizados para reduzir a febre e aliviar as dores;
- Repouso: descanso é essencial para permitir que o corpo combata o vírus de maneira mais eficaz;
- Acompanhamento médico: em casos mais graves, é crucial procurar assistência médica para monitoramento e tratamento adequado;
- Evitar automedicação: o uso indiscriminado de alguns medicamentos, como anti-inflamatórios não esteroides (AINEs) e aspirina, pode agravar o quadro clínico, sendo contraindicado na dengue.
Prevenção
Além do tratamento, a prevenção da dengue é crucial. Medidas como eliminação de criadouros do mosquito Aedes aegypti, uso de repelentes, telas em janelas e portas, além da conscientização da população sobre a importância dessas práticas, são enfatizadas pelo Ministério da Saúde.”