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Por que o irmão do delegado Nico foi expulso da Polícia Civil de SP

Secretário Guilherme Derrite anulou, nesta terça-feira, despacho que anulou expulsão da polícia de irmão de Nico, ocorrida em junho de 2021

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Governo do Estado de São Paulo
Imagem colorida mostra Osvaldo Nico, homem grisalho e branco, em imagem do busto para cima. Ele veste terno cinza e camisa clara, sem gravata, na frente de um fundo branco - Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida mostra Osvaldo Nico, homem grisalho e branco, em imagem do busto para cima. Ele veste terno cinza e camisa clara, sem gravata, na frente de um fundo branco - Metrópoles - Foto: Governo do Estado de São Paulo

São Paulo – O ex-agente da Polícia Civil Alex César Gonçalves, irmão do delegado Osvaldo Nico Gonçalves, secretário-executivo da Segurança Pública de São Paulo, havia sido expulso da corporação em 2021, mas teve a punição anulada nessa terça-feira (13/5) por um despacho do secretário Guilherme Derrite, de quem Nico é número 2.

A expulsão de Alex César havia sido decidida em uma reunião do Conselho da Polícia Civil em junho de 2021. No auge da pandemia de Covid-19, o encontro foi por videoconferência.

Seu nome havia sido levado à pauta da reunião, com indicação de expulsão, por causa de uma denúncia feita contra ele pelo Ministério Público de São Paulo (MPSP) três anos antes: ele foi acusado de ajudar a “esquentar” carros roubados, inserindo dados falsos nos sistemas do Departamento Estadual de Trânsito (Detran).

Alex César trabalhou na Circunscrição Regional de Trânsito (Ciretran) de Praia Grande, cidade da Baixada Santista, entre 2013 e 2014. Nesse período, segundo o MPSP, ele se aproveitava do privilégio de inserir dados nos sistemas do Detran e mudava registros de veículos de reboque e semirreboque furtados e roubados, para que eles recebessem um registro novo, sem queixas.

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O caso foi descoberto, ainda segundo o MPSP, em agosto de 2015, após uma investigação sobre um caminhão semirreboque com indícios de fraude nos registros parado pela polícia na cidade de Marília. Uma investigação nos documentos do veículo chegaram ao nome de Alex César. Uma perícia feita no sistema, a partir de suas senhas de acesso, levou à identificação de outros 16 veículos “esquentados” por ele.

Expulsão

O agente foi denunciado pelo crime de “inserção de dados falsos em sistema informatizado” e condenado, em fevereiro de 2021, a uma pena de 2 anos e 8 meses de reclusão, com direito a cumpri-la em regime aberto. Quatro meses depois, como medida de praxe, seu nome foi levado ao Conselho da Polícia Civil, que decidiu expulsá-lo.

O delegado Nico, irmão mais famoso e poderoso dentro da Polícia Civil, era membro do conselho e esteve presente na reunião que decidiu pela expulsão. Embora a decisão tenha sido desfavorável a Alex César, a defesa do agente usou a presença do delegado na reunião para pedir anulação do processo. O secretário Derrite, nesta semana, atendeu ao pedido da defesa.

Ao Metrópoles Osvaldo Nico afirmou que seu irmão “segue fora da Polícia Civil”. “Ele perdeu a função dele [como policial]. Ele saiu da Polícia Civil faz tempo e isso não muda em nada o quadro aqui”, afirmou.

 

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