Irmão de “sniper do tráfico” é procurado por envolvimento na morte de PM da Rota
Suspeito está foragido e polícia já pediu sua prisão; ele é irmão do “sniper do tráfico” que teria atirado e matado PM da Rota no Guarujá
atualizado
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São Paulo – A Seccional de Santos e o Departamento de Investigações Criminais (Deic) de Santos já identificaram mais um suspeito de envolvimento na morte do PM da Rota ocorrido na quinta-feira (27/1) no Guarujá, litoral de São Paulo. Foragido, Kauã Jazon da Silva, 19 anos, é irmão de Erickson David da Silva, 28, apontado como o “sniper do tráfico” que baleou e matou o soldado Patrick Bastos Reis. Erickson se entregou à polícia no domingo (30/7).
Segundo a Polícia Civil de Santos, o trabalho conjunto de investigação revelou a função de cada suspeito no dia da morte do policial militar. Todos atuavam numa “biqueira” (ponto de venda de drogas) nas imediações de onde ocorreu o crime.
Erickson, também conhecido como Deivinho, seria a pessoa encarregada da proteção da “biqueira”, inclusive utilizando armas. De acordo com a polícia, outro preso, identificado como Marco Antonio e de apelido “Mazzaropi”, era o homem que entregava a droga aos compradores. Tanto Deivinho quanto Mazzaropi estão presos.
Kauã, o terceiro envolvido na morte do PM da Rota, seria, segundo a polícia, responsável por avisar, via rádio, qualquer aproximação policial na comunidade. O rapaz de 19 anos está foragido. A Polícia Civil de Santos está em diligências em busca do suspeito e já pediu sua prisão à Justiça.
Além de Deivinho e Mazzaropi, a polícia informou que outras quatro pessoas estão presas. Segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP), a Operação Escudo, deflagrada após a morte do policial militar no Guarujá, segue em andamento para localizar outros suspeitos de envolvimento no caso.
Nessa segunda-feira (31/7), Deivinho passou por audiência de custódia no Fórum de Santos. Ele teve a prisão temporária mantida por 30 dias e foi transferido para o Centro de Detenção Provisória (CDP) de São Vicente.
A morte do PM
O soldado da Rondas Ostensivas Tobias Aguiar (Rota) Patrick Bastos Reis foi baleado durante patrulhamento na comunidade Vila Zilda. Atingido no tórax, ele não resistiu. Já o cabo Fabiano Oliveira Marin Alfaya, de 39 anos, foi ferido na mão. Os tiros foram disparados a até 70 metros de distância, segundo a SSP.
Após a morte do policial, pelo menos 10 pessoas foram mortas durante a Operação Escudo. Segundo a Ouvidoria da Polícia de São Paulo, o número de mortes pode ser maior. O órgão também alertou para a denúncia de excessos cometidos por parte das forças policiais. Em coletiva nessa segunda-feira, o governador Tarcísio de Freitas negou que tenha havido abusos.