Irmão de Sâmia, médico executado queria ser legista da polícia de SP
Executado a tiros no Rio, Diego Ralf Bomfim, 35 anos, prestou concurso na Polícia Civil de SP para carreira de médico legista neste ano
atualizado
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São Paulo – O médico Diego Ralf Bomfim, de 35 anos, queria entrar para os quadros da polícia de São Paulo. Irmão da deputada federal Sâmia Bomfim (PSol-SP), ele foi executado a tiros em um quiosque da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, na madrugada desta quinta-feira (5/10).
Diego se inscreveu no concurso da Polícia Civil que abriu 189 vagas de médico legista, em 2022, com salários a partir de R$ 8.699,94. O profissional é responsável por fazer necropsias e investigar a causa da morte das pessoas.
O concurso foi organizado em cinco fases. Segundo publicações no Diário Oficial de São Paulo, Diego chegou até a prova oral, a penúltima etapa do processo, em junho deste ano.
O seu nome, no entanto, não consta na lista de aprovados para o teste psicotécnico, o último passo da seleção. O concurso ainda não tem nomeações.
Execução
Além de Diego, os médicos Marcos Andrade Corsato, de 62 anos, Perseu Ribeiro de Almeida, 33, foram executados com ao menos 33 tiros de pistolas calibre 9 milímetros. Outro médico também ficou ferido.
A ação criminosa durou cerca de 20 segundos. Dois dos atiradores ainda voltaram ao quiosque, depois que uma das vítimas tentou se abrigar (assista abaixo).
O caso ocorreu na Avenida Lúcio Costa, na Barra da Tijuca, próximo a um quiosque na altura do Posto 4. Os criminosos saíram de um carro branco já disparando tiros de pistola contra os médicos. Nada foi levado pelos bandidos.
A principal linha de investigação é que os médicos tenham sido executados por engano. A Polícia Civil do Rio apura se Perseu Almeida foi confundido com o miliciano Taillon de Alcântara Pereira Barbosa, filho do homem apontado como chefe da milícia de Rio das Pedras.
Cobrança
A deputada Sâmia Bomfim afirmou que o assassinato do irmão foi “bárbaro” cobrou respostas das autoridades.
“Foi um crime bárbaro e a gente quer apuração. A gente já entrou em contato com o Ministério da Justiça para que a Polícia Federal possa acompanhar a apuração desse crime. E a gente espera que tenha resposta o mais rápido possível”, disse.
A Polícia Civil paulista enviou ao Rio uma equipe com dois delegados e seis investigadores para ajudar a identificar e prender os criminosos. O delegado-geral Artur Dian afirmou que “nenhuma hipótese pode ser descartada”.