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Investigação aponta elo entre escola de samba Vai-Vai e o PCC

Investigação da Polícia Civil de SP indica que Beto da Bela Vista, ex-diretor da Vai-Vai, tem elo com o PCC e o traficante André do Rap

atualizado

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Luiz Roberto Marcondes Machado de Barros, o Beto da Bela Vista
1 de 1 Luiz Roberto Marcondes Machado de Barros, o Beto da Bela Vista - Foto: Reprodução

São Paulo — Relatórios de uma investigação da Polícia Civil apontam que uma das escolas de samba mais tradicionais de São Paulo, a Vai-Vai, tornou-se um reduto do Primeiro Comando da Capital (PCC). A agremiação, detentora de 15 títulos do carnaval paulistano, é alvo de um processo de lavagem de dinheiro que corre em segredo de Justiça.

Segundo reportagem do jornal Folha de S. Paulo, o ex-diretor financeiro e ex-presidente da Vai-Vai Luiz Roberto Marcondes Machado de Barros, o Beto da Bela Vista (foto em destaque), é um dos principais alvos da investigação.

“Escola [Vai-Vai] que BBV [Beto Bela Vista] pertence ao quadro diretivo e sabidamente é reduto da mencionada facção criminosa [PCC], tendo, inclusive, procedendo há algum tempo atrás a expulsão de alguns componentes que eram policiais justamente por este motivo”, diz trecho de um dos documentos publicados pela Folha.

Segundo o jornal, a investigação do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) teve acesso a documentos do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) que reforçam suspeitas de que Beto da Bela Vista e familiares dele participem de lavagem de dinheiro.

Os investigadores também apontam possível ligação de Beto Bela Vista com André de Oliveira Macedo, o André do Rap, um dos chefões do PCC que está foragido depois que o Supremo Tribunal Federal (STF) cassou o habeas corpus do ex-ministro do Marco Aurélio Mello.

Em depoimento à polícia, Luiz Roberto negou ligação com André do Rap e com o PCC.

Procurada pelo Metrópoles, a advogada Luiza Oliver, que defende Beto Bela Vista, diz que, após ampla investigação, a hipótese de lavagem de dinheiro foi afastada.

“A venda dos terrenos pertencentes a Luiz Roberto para a Vai-Vai foi objeto de ampla investigação por parte da Polícia Civil e do Ministério Público. Depois de inúmeras diligências, ambos entenderam pela regularidade e licitude da transação, afastando a hipótese de lavagem de dinheiro”, diz ela.

O Metrópoles questionou a Vai-Vai sobre a investigação, mas não obteve retorno até a publicação desta reportagem. O espaço segue aberto para manifestação.

Du Bela Vista

O irmão do ex-presidente da Vai-Vai é Luiz Eduardo Marcondes Machado de Barros, o Du Bela Vista, que está preso.

Em 2014, Du estava com Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, na lista de chefes do PCC que seriam resgatados em um plano que previa a utilização de avião e dois helicópteros. O suposto plano foi descoberto e os presos, punidos.

Du Bela Vista tem passagem por roubo, falsidade ideológica, porte de drogas, porte ilegal de armas, lesão corporal, dano, receptação, formação de quadrilha, uso de documento falso, tentativa de homicídio, homicídio e corrupção.

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