metropoles.com

Polícia investiga psicólogo suspeito de abusar sexualmente de menores

Psicólogo é investigado pela Polícia de Valinhos, no interior de SP, suspeito de abusar de, pelo menos, 7 menores durante sessões de terapia

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Reprodução/ Street View
Imagem colorida de delegacia de polícia de Valinhos. Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida de delegacia de polícia de Valinhos. Metrópoles - Foto: Reprodução/ Street View

São Paulo — Um psicólogo de 39 anos, identificado como Rafael Ladenthin Menezes, é investigado pela Polícia Civil suspeito de abusar sexualmente de, pelo menos, sete pacientes menores de idade durante sessões de terapia em Valinhos, no interior de São Paulo.

Segundo a Secretaria da Segurança Pública (SSP), o suspeito está preso temporariamente desde o dia 18 de julho. De acordo com a apuração da EPTV, a prisão temporária venceria no último domingo (18/8), porém teve a duração prorrogada por 30 dias.

Após o surgimento de relatos de mais vítimas, a juíza responsável pela decisão julgou que a detenção é “imprescindível para o deslinde da investigação, eis que se trata de um delito gravíssimo, revelador da audácia e destemor de quem o pratica”.

O advogado responsável pela defesa de Rafael, João Sangion, disse à emissora que o cliente se declara inocente e que todos os questionamentos estão sendo respondidos no inquérito policial: “A prisão temporária se mostra excessiva e desproporcional, uma vez que todas as diligências do inquérito policial já foram realizadas, não se apresentando como razoável a manutenção da prisão”.

O advogado ainda disse que o psicólogo tem “compromisso ético profissional no exercício de sua profissão” e ele está impedido de se manifestar em razão do sigilo do inquérito policial.

Investigação

A investigação policial começou no dia 11 de julho quando a família de um menor de idade atendido pelo suspeito procurou a delegacia para denunciar os abusos ocorrido durante sessões de terapia.

No dia 18, a clínica onde o psicólogo atendia foi alvo de mandando de busca e apreensão. A Justiça também quebrou o sigilo de ligações e de mensagens do celular e notebook dele.

Segundo a emissora, todas as vítimas eram menores de 14 anos e o caso está sendo investigado como estupro de vulnerável. Pelo menos sete famílias teriam procurado a Polícia Civil para prestar depoimento.

“Deixa eu provar você”

À reportagem, uma mãe contou que em um determinado momento ouviu do filho a queixa: “Eu não aguento mais os abraços que ele me dá”.

O menino tem 11 anos e fazia terapia com Rafael há quase um ano. A mulher ainda relatou o momento em que pediu par o filho replicar o que acontecia durante as sessões: “Ele pediu para eu sentar, começou a me abordar pela frente, por trás, de lado, sentando ao lado, com abraços, beijos, lambidas pelo pescoço, pelo rosto, acariciando”, conta a mãe.

“Ele falou: ‘mamãe, ele chupava também os meus dedos, como chupeta’. E perguntava e falava assim: ‘deixa eu provar você, que gosto você tem’. Meu filho trouxe a informação de que a abordagem começava dentro do elevador onde tentava se soltar dele, mas ele não deixava, segurava com mais força. Não eram abraços de carinho, era porque ele queria esfregar o pênis nele”, completou a mulher.

A mãe de mais uma vítima, um adolescente de 13 anos, contou em um boletim de ocorrência, obtido pela EPTV, que procurou a polícia após saber que outras família já tinham feito o mesmo. “Aconteceu um dia dele [Rafael] querer colocar o dedo na minha boca e na do meu marido e nós não entendemos. Aí ele disse: ‘mas é normal, o psicólogo faz’. A gente parou tudo para prestar atenção e entender o que estava acontecendo”, disse.

Uma outra mãe afirmou ao site que foi procurada pela esposa do psicólogo para assinar um documento que atestasse a boa conduta do suspeito. Ela afirmou que assinou porque tinha um “vínculo emocional grande” e que o filho, teoricamente, não tinha se queixado de nenhum caso parecido. Porém, depois disso começou a desconfiar que ele também pudesse ter sido uma vítima.

Ela contou um episódio onde o filho, que gosta de assistir filmes antes de dormir, pediu para colocar uma série específica, com cenas de sexo explícito, recomendada para maiores de 18 anos: “[Ele] falou que não teria problema nenhum nós assistirmos aqui em casa, até porque ele já tinha assistido várias vezes durante a terapia esse tipo de filme”.

“Foi um impacto muito grande para nós, porque esse tipo de filme não é apropriado, não tem absolutamente nada de terapêutico e ele tem apenas 13 anos. Ele ligava o ar-condicionado e eles ficavam debaixo da coberta, juntinhos, assistindo ao filme. Ele ficava chupando os dedos do meu filho”.

O caso está sendo investigado em sigilo pela Delegacia da Defesa da Mulher de Valinhos, por envolver menores de idade.

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comSão Paulo

Você quer ficar por dentro das notícias de São Paulo e receber notificações em tempo real?