Criador do “Carros de baiano” viu assassino e deu pista à polícia
Delegada diz que, antes de morrer, dono da página “Carros de baiano” balbuciou na ambulância o nome de quem achava ser autor do ataque
atualizado
Compartilhar notícia
São Paulo – O administrador da página “Carros de baiano”, Diego Henrique Barbosa, morto a tiros na última sexta-feira (2/6), na zona norte de São Paulo, teria balbuciado a um policial militar que participava de seu resgate o nome da pessoa que acreditava ser o autor do ataque.
A delegada Nilze Baptista Scapulatiello, titular do 33º Distrito Policial de São Paulo, disse ao Metrópoles que Diego foi colocado na ambulância ainda consciente e tentou descrever o homem que efetuou os disparos.
“Ele deu um pré-nome, disse que achava que era uma pessoa. Ele balbuciou algumas palavras”, afirmou Nilze.
O influenciador foi morto enquanto saía da casa da namorada, no Parque São Domingos, por volta das 11h. Imagens de câmeras de segurança mostram o momento em que um carro da marca Volkswagen se aproxima, um homem abre a porta do passageiro e atira várias vezes.
A Polícia Civil trabalha para identificar o suspeito. Segundo a delegada, a equipe de investigação teve acesso a outras imagens, em que é possível vê-lo de boné e camisa verde.
“Ele aparece de boné e camisa verde. Mas ninguém da família reconheceu”, disse Nilze. A delegada afirma que não descarta a possibilidade de que o ataque contra Diego tenha sido provocado em razão dos posts na página “Carros de baiano”.
“São várias linhas de investigação. Ainda não se sabe se foi um crime passional, patrimonial ou se foi em razão desse tipo de página que ele mantinha, em que ficava ridicularizando as pessoas. Era um conteúdo muito pejorativo, um preconceito idiota. Você vê os comentários? Tem várias pessoas fazendo ameaças de morte.”
Na página “Carros de baiano”, que tem mais de 1 milhão de seguidores, Diego publicava fotos e vídeos de veículos modificados e fazia comentários em tom de deboche.
Segundo a delegada, ele levava uma “vida boêmia” e tinha um “negócio com apartamentos”. As linhas também são investigadas pela polícia, além de um suposto esquema de rifas.