Influencers são investigados por lavar R$ 14 mi com “jogo do tigrinho”
Operação suspendeu as redes sociais dos influencers investigados de divulgar jogos de apostas como o “Fortune Tiger”, considerado ilegal
atualizado
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São Paulo – Um casal de influencers foi alvo de uma operação da Polícia Civil de Campinas, no interior de São Paulo, nesta terça-feira (23/1) para desarticular uma quadrilha que atuava na prática de jogos de azar eletrônicos, incluindo o Fortune Tiger, conhecido como “jogo do tigrinho”, considerado ilegal.
O casal, Jade Belchior, de 21 anos, e Ismael Belchior, de 31, teve as redes sociais suspensas por determinação da Justiça. Os dois também são suspeitos de lavagem de dinheiro.
“Durante as investigações, obteve-se Relatório de Inteligência Financeira do COAF apontou que o grupo movimentou cerca de R$ 14 milhões em um espaço de tempo muito curto, com fortes indícios de lavagem de dinheiro, uma vez que toda essa movimentação não era compatível com as informações declaradas aos órgãos fiscais”, disse o delegado Luiz Fernando Oliveira, da Deic Campinas.
Segundo a Polícia Civil, eles eram influencers que ostentavam nas redes sociais uma vida de luxo, com carros importados, viagens internacionais e diversos imóveis.
“O casal veio do estado do Ceará há algum tempo, sediou residência na cidade de Indaiatuba e passou, por meio das redes sociais, divulgar esse jogo”, explicou o delegado em entrevista à CBN Campinas.
A polícia cumpriu cinco mandados de busca e apreensão em Indaiatuba, no interior de São Paulo, na chamada “Operação Infortúnio”, que foi deflagrada pelo Setor Especializado de Combate aos Crimes de Corrupção, Crime Organizado e Lavagem de Dinheiro da Deic de Campinas.
Foram apreendidos com os influencers aparelhos celulares, quatro veículos de luxo, eletrônicos e documentos. O material vai ser analisado pela equipe de investigação e pelo Instituto de Criminalística.
O Fortune Tiger é um jogo eletrônico do tipo caça-níquel que promete ganhos em dinheiro. O jogo é considerado ilegal porque vai contra a Lei de Contravenções Penais, que considera crime os jogos de azar em que o ganho ou a perda dependem da sorte.