Influencer e amigo de Da Cunha: quem é Rogerinho, policial preso em SP
Após quase uma semana foragido, Rogerinho se entregou no litoral. Ele é apontado pela PF como integrante de uma quadrilha de policiais
atualizado
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São Paulo — Foi preso nesta segunda-feira (23/12) em Santos, no litoral de São Paulo, o policial civil Rogério de Almeida Felício, conhecido como Rogerinho. A operação, realizada pela Polícia Federal em conjunto com o Ministério Público de São Paulo (MPSP), mira policiais suspeitos de ligação com o Primeiro Comando da Capital (PCC). Além dele, outras sete pessoas, incluindo um delegado e mais três policiais civis suspeitos de atuar para o grupo criminoso, foram presos. Rogerinho, no entanto, não foi encontrado e é considerado foragido.
O policial, que fazia eventualmente a segurança do cantor Gusttavo Lima, foi citado pelo delator Antonio Vinícius Gritzbach, executado no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, em 8 de novembro. Gritzbach foi fuzilado oito dias depois de denunciar a conduta de Rogerinho e outros policiais civis à Corregedoria.
Popular nas redes sociais, Rogerinho soma mais de 100 mil seguidores em seu Instagram. Ele era amigo pessoal do deputado federal e ex-delegado Carlos Alberto da Cunha, que se tornou réu por abuso de autoridade e constrangimento ilegal durante operação policial. Da Cunha também responde por violência doméstica contra a ex-companheira.
Assim como Da Cunha, Rogerinho Punisher, como era conhecido nas redes sociais, ostentava uma vida de luxo em seu perfil, apesar do salário de R$ 7 mil. Em sua carreira como influencer, Rogerinho participou de gravações com Da Cunha, quando atuava na Equipe de Intervenções Estratégicas da 8ª Seccional. A maior parte dos vídeos foi deletada do YouTube.
Prisão de Rogerinho
Segundo a Delegacia Geral de Polícia de São Paulo, Rogerinho se entregou nesta segunda-feira após negociações com sua defesa. “O policial foi apresentado na sede do Deinter 6 e será conduzido até a sede da Corregedoria [da Polícia Civil]. A Polícia Civil ressalta que é uma instituição legalista e não compactua com desvios de conduta”, informa nota da Delegacia Geral.
A nota acrescenta que a força-tarefa criada para investigar o homicídio de Gritzbach segue em diligências para esclarecer o caso. “As corregedorias das polícias Civil e Militar colaboram com as apurações para que todos os agentes envolvidos sejam punidos conforme a lei.”