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Delegado defende indenizar família de policial morta por empresário

Delegado-geral Artur Dian defende que a família da policial Milene Estevam seja indenizada pela família do empresário que a matou

atualizado

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Arquivo pessoal
Imagem em preto e branco da policial civil milene estevam
1 de 1 Imagem em preto e branco da policial civil milene estevam - Foto: Arquivo pessoal

São Paulo — O delegado-geral de São Paulo, Artur Dian, defende que a família da policial civil Milene Bargalho Estevam, morta no último sábado (16/12) pelo empresário Rogério Saladino, nos Jardins, bairro nobre da zona oeste da capital paulista, seja indenizada pela família dele.

“Na minha opinião, acredito que deve existir uma indenização a essa policial que deixa uma filha de 5 anos de idade e morreu no estrito cumprimento do dever”, afirma Dian ao Metrópoles.

O delegado diz também que pediu à Polícia Científica agilidade no resultado do exame toxicológico do corpo de Saladino, que também morreu no tiroteio, junto com um vigia de sua casa. O empresário recebeu a policial e um colega dela a tiros, durante uma investigação sobre um assalto ocorrido na casa vizinha, no dia anterior.

“Conversei com o doutor [Claudinei] Salomão [superintendente da Polícia Científica] para ver se a gente consegue ter uma agilidade. Temos uma fila e temos que respeitar, obviamente. Ele vai me dar uma previsão até o fim da semana para que a gente tenha esse laudo toxicológico”, afirma.

A polícia afirma ter encontrado drogas sintéticas e maconha na mansão de Saladino, que estava com a mulher e mais dois casais no momento em que a investigadora Milene abordou um funcionário da casa em busca de imagens de câmeras de segurança para tentar elucidar o roubo do dia anterior.

Em nota divulgada nessa terça (19/12), a família de Saladino afirmou que a Secretaria da Segurança Pública (SSP) deveria “rever seus controles”, ao falar sobre a abordagem dos policiais no momento em que pediram as imagens das câmeras de segurança da mansão.

O delegado-geral defendeu a atuação da dupla. “A família do autor do covarde homicídio da policial, obviamente, está em um momento de fragilidade. Eles têm o direito de falar o que eles quiserem. Porém, a policial, junto com o parceiro dela, estava em operação desde a sexta-feira, com outras equipes nessa área também”, afirma.

Segundo Dian, os dois cumpriam uma determinação superior e se identificaram para vizinhos e também para uma pessoa que entrou na casa. “Premeditadamente, o indivíduo se apoderou de armas que tinha e cometeu esse crime bárbaro”, diz.

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