Incêndios em SP: Tarcísio diz que ainda não detectou ações coordenadas
Governador Tarcísio de Freitas afirmou nesta 2ª feira que “nenhum tipo de movimento coordenado” foi detectado nos incêndios de SP “até aqui”
atualizado
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São Paulo — O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) afirmou que o Estado não identificou nenhuma ação coordenada, até a tarde desta segunda-feira (26/8), nos mais de 3 mil focos de incêndio que atingiram cidades do interior paulista no mês de agosto.
Segundo o governador, as queimadas ocorreram em uma condição climática de estiagem aguda e outros fenômenos, como ocorrência de ventos fortes, que agravaram incêndios criminosos praticados por pessoas em diferentes regiões do estado.
“Em princípio, até aqui, não conseguimos constatar nenhum tipo de relação entre essas pessoas, nenhum tipo de movimento coordenado. Por um lado, existia uma condição climática adversa. Por outro, dois ou três indivíduos fazendo fogo e cometendo crime. De outro, pessoa descartando material de forma irregular, fazendo fogo da mesma forma. O fato é que tivemos essa situação complexa e que tomou essa proporção gigantesca”, afirmou o governador.
Tarcísio destacou que São Paulo tem uma média de registros de 700 a 800 focos de queimadas por ano, e que neste ano, já foram 5 mil. Mas o governador ressaltou que o estado vivia uma estação particularmente seca, com cidades registrando racionamento de água e o governo tendo de trabalhar de forma mais intensa em ações de desassoreamento de rios e abertura de poços.
“A turma está muito focada na investigação. Mas vamos entender o que esta acontecendo. A gente está em um ano de estiagem muito severa”, disse Tarcísio.
Nesse cenário, segundo Tarcísio, “qualquer coisa provoca ignição. Uma bituca de cigarro, uma fogueira de alguém que foi fazer um pic-nic, um pedaço de alumínio, um vidro, essas coisas realmente acontecem”, disse.
O governador, contudo, afirmou que, diante do volume acima do comum dos incêndios florestais neste ano, “aproveitadores” se valeram da situação para colocar fogo em materiais que deveriam ser descartado de outras formas, o que agravou o problema.
A fala do governador vai ao encontro de afirmação feita pela ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, que no fim de semana comparou a situação de São Paulo com o “dia do fogo”, referindo-se ao episódio ocorrido em agosto de 2019, quando fazendeiros do Pará agiram de forma coordenada para atear fogo em áreas de mata virgem, para “limpar” o terreno para outras atividades econômicas.