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Imigrante em aeroporto de SP está com catapora. Mpox é descartada

Homem natural do Nepal segue internado em observação. Ele conviveu por mais de 10 dias com outros 397 passageiros na área restrita

atualizado

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Reprodução/Redes Sociais GRU Airport
Pista de aeroporto com aeronaves estacionadas, o céu está azul com nuvens
1 de 1 Pista de aeroporto com aeronaves estacionadas, o céu está azul com nuvens - Foto: Reprodução/Redes Sociais GRU Airport

São Paulo — O imigrante isolado da área restrita do Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, foi diagnosticado com catapora e não com mpox, como era suspeitado.

A informação é do Instituto de Infectologia Emílio Ribas, para onde o passageiro foi encaminhado e submetido a exames, no domingo (25/8).

“O paciente está bem, segue em observação […] É importante ressaltar que o paciente não é oriundo de áreas endêmicas de mpox, e que o atendimento a pacientes com suspeita ou diagnóstico da doença faz parte da rotina do Instituto desde 2022”, diz trecho de nota.

Como relevado pelo Metrópoles, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) isolou, no fim de semana, imigrantes retidos na área restrita do aeroporto da região metropolitana por suspeita de estarem contaminados com mpox.

Os imigrantes instalados na área restrita estão na condição de “inadmissíveis”, pelo fato de não terem documentação e nem visto para entrar ou sair do Brasil.

O Ministério da Saúde informou que foi notificado pela Anvisa sobre um caso suspeito de mpox. O passageiro, segundo a pasta, foi atendido pelo posto médico do aeroporto durante a madrugada de domingo (25) e encaminhado a uma Unidade de Pronto Atendimento da cidade para fazer exames. Ele é do Nepal e veio ao Brasil na busca de refúgio.

O sintomas provocados pelo mpox e a catapora são semelhantes, resultando nas suspeitas da autoridade sanitária.

O grupo segue isolado e, segundo apurado pelo Metrópoles, funcionários que servem refeições aos imigrantes usam máscaras, álcool gel e mantém distância segura.

Reunião convocada pelo MPF

Na semana passada, uma reunião convocada pelo Ministério Público Federal (MPF) já discutia a situação dos quase 500 imigrantes retidos na área restrita. Na ocasião, a Defensoria Pública da União (DPU) pediu a criação de uma sala de situação “para que se acompanhe o fluxo de entradas e saídas em tempo real”.

No encontro, o Ministério da Justiça e Segurança Pública se comprometeu a encaminhar reforço de servidores para atendimento emergencial, tanto nos trabalhos de processamento dos protocolos de refúgio quanto para a segurança no local.

A GRU Airport se responsabilizou a buscar modos para assegurar condições, junto às companhias aéreas, de se garantir acesso à higiene básica e alimentação de todos os migrantes retidos, em medidas que serão acompanhadas pela DPU e pelo MPF. Participaram ainda da reunião representantes da Polícia Federal (PF), Prefeitura de Guarulhos, governo do estado de São Paulo, senadora Mara Gabrilli (PSD) e gabinete do deputado federal Túlio Gadelha (Rede).

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