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Igreja nega “vínculo moral” com influencer preso por estupro de fiéis

Influencer evangélico Victor Bonato, do movimento Galpão, está preso após três jovens o denunciarem por estupro em Alphaville (SP)

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Foto colorida do influencer evangélico Victor Bonato - Metrópoles
1 de 1 Foto colorida do influencer evangélico Victor Bonato - Metrópoles - Foto: Reprodução/Instagram

São Paulo — Dona do espaço usado pelo movimento evangélico Galpão, em Alphaville, bairro rico da Grande São Paulo, a igreja Relevans afirma “não existir nenhum vínculo” entre a denominação e o grupo fundado pelo influencer Victor Bonato, que está preso acusado de estupro contra três fiéis.

Em nota divulgada nesta segunda-feira (9/10), a igreja Relevans afirma que, “de forma inequívoca”, manteve um relacionamento com o Galpão “estritamente limitado à cessão de espaço físico”, onde o grupo do empresário e influencer evangélico realizava suas reuniões às terças-feiras.

A igreja diz ainda que “qualquer alegação” sobre um suposto vínculo entre os ministérios “é completamente inverídica.”

“Reforçamos, portanto, que nossa participação se restringe, exclusivamente, a esse aspecto, não havendo qualquer envolvimento de natureza espiritual, legal ou moral com o Ministério Galpão.”

Procurada para dar esclarecer a relação com o Galpão, a igreja Relevans não retornou até a publicação desta reportagem. O espaço segue aberto para manifestação.

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Líder religioso postou vídeo confessando "pecados"
Três fiéis afirmam terem sido estupradas por influencer evangélico
Natural de Minas Gerais, Bonato foi preso temporiamente por 30 dias
Bonato segue preso suspeito de três crimes sexuais
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Victor Bonato era líder do Galpão, grupo evangélico fundado em Alphaville (SP)

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Líder religioso postou vídeo confessando "pecados"

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Três fiéis afirmam terem sido estupradas por influencer evangélico

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Natural de Minas Gerais, Bonato foi preso temporiamente por 30 dias

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Bonato segue preso suspeito de três crimes sexuais

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Pregador de ricos

Victor de Paulo Gonçalves nasceu em Muriaé, no interior de Minas Gerais, e adotou a identidade de Victor Bonato, o sobrenome do pai. Antes de ser preso, ele morava em um apartamento em Alphaville, alugado no nome da mãe, por R$ 5,2 mil ao mês, fora o condomínio.

Em agosto, semanas antes de ser investigado pela Polícia Civil, Bonato concedeu entrevista ao podcast Gospelmente. Na ocasião, o líder religioso contou que escolheu o local justamente por causa do público de alto poder aquisitivo.

“Hoje, Alphaville é um dos lugares mais caros, tido como dos influenciadores e dos milionários. O nosso chamado é lá por esse propósito”, afirmou. “O Galpão vai ser usado para alcançar os filhos. Por meio dos filhos, nós vamos alcançar os pais. E, por meio desse alcance, heranças vão ser resgatadas e prostradas aos pés de Jesus.”
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Grupo religioso interrompeu atividades
Caso de influencer evangélico foi mencionado, sem detalhes nas redes sociais
Victor gravou vídeo confessando "pecados"
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Nota foi publicada após caso ser registrado na polícia

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Grupo religioso interrompeu atividades

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Caso de influencer evangélico foi mencionado, sem detalhes nas redes sociais

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Victor gravou vídeo confessando "pecados"

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Prisão

Metrópoles revelou nesse sábado (7/10) que Victor Bonato foi alvo de um mandado de prisão temporária no fim de setembro, acusado de estupro mediante fraude. Na ocasião, os policiais apreenderam o celular do suspeito, um iPhone 14, para analisar suas mensagens.

Um dia antes de ser preso, o influencer evangélico postou um vídeo nas redes sociais no qual confessa ter cometido “pecados” e pede “perdão às meninas” (veja abaixo).

 

Segundo a investigação, ele foi denunciado por três mulheres, de 19, 20 e 24 anos, que alegaram terem sido estupradas entre janeiro e setembro deste ano. Os crimes teriam acontecido fora do espaço religioso. Para a Polícia Civil, o suspeito se valia da condição de liderança no grupo para abusar sexualmente das fiéis.

O processo está sob segredo de Justiça. Em nota, a advogada Samara Batista Santos, responsável pela defesa, afirma que Bonato “nega veementemente as alegações contra ele”, mas que não pode “fornecer detalhes específicos”.

Em um vídeo, a defensora afirma que “ter múltiplos relacionamentos não é crime”.

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