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Idoso ataca policial com faca no DP e morre com tiro na barriga; vídeo

João Batista Medeiros, de 77 anos, invadiu 50º DP no extremo leste da capital paulista e começou a atacar policiais civis e militares

atualizado

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Reprodução/Arquivo Pessoal
Em foto colorida idoso caído em calçada, na frente de delegacia - Metrópoles
1 de 1 Em foto colorida idoso caído em calçada, na frente de delegacia - Metrópoles - Foto: Reprodução/Arquivo Pessoal

São Paulo — Um idoso de 77 anos morreu com um tiro após atacar com uma faca policiais civis e militares, na noite dessa segunda-feira (6/11), no 50º DP (Itaim Paulista), no extremo leste da capital paulista. Ele foi ferido na barriga, em frente à delegacia (veja abaixo).

 

Registros da Polícia Civil afirmam que João Batista Medeiros chegou ao distrito, por volta das 20h30, afirmando estar cansado para um policial militar, ao lado da porta automática que dá acesso ao prédio. Dentro da delegacia, a parceira de farda do PM abordado pelo idoso apresentava um caso de violência doméstica.

João Batista sacou uma faca ao lado do policial que estava perto da porta. O PM pediu apoio aos agentes que estavam dentro da delegacia. A todo momento o idoso, segundo as testemunhas, afirmava que “queria morrer”, enquanto ia para cima de policiais com a faca.

Os policiais, civis e militares, tentaram conversar com João Batista, sem sucesso. Em seguida, a policial usou duas vezes um taser (arma de choque), mas o idoso conseguiu arrancar do peito as ponteiras da arma de incapacitação neuromuscular.

Após isso, um policial civil deu dois tiros de advertência no chão, mas o idoso não se intimidou, segundo os relatos. Na sequência, ele foi atingido na região do abdômen por um tiro disparado pelo PM. João Batista foi levado por uma unidade de resgate dos Bombeiros até o Hospital Santa Marcelina, onde morreu.

O caso foi registrado como morte decorrente de intervenção policial, com excludente de ilicitude por legítima defesa. A Polícia Civil investiga o que teria motivado as investidas do idoso contra os agentes, como eventuais problemas emocionais.

“Suicide by cop”

Um fonte policial que acompanha o caso afirmou ao Metrópoles, sob condição de anonimato, que o caso do idoso tem caraceterísticas de um “suicide by cop”, termo em inglês que faz referência a pessoas com impulsos suicidas que, de forma deliberada, provocam uma resposta letal de um policial.

O sargento Rick Parent, dos EUA, realizou uma pesquisa na qual foram analisados 843 tiroteios policiais. Em metade deles, segundo o estudo, as pessoas mortas pelos policiais haviam provocado a troca de tiros.

Busque ajuda

Metrópoles tem a política de publicar informações sobre casos de suicídio ou tentativas que ocorrem em locais públicos ou causam mobilização social. Isso porque é um tema debatido com muito cuidado pelas pessoas em geral. O silêncio, porém, camufla outro problema: a falta de conhecimento sobre o que, de fato, leva essas pessoas a se matarem.

Depressão, esquizofrenia e uso de drogas ilícitas são os principais males identificados pelos médicos em um potencial suicida. Há problemas que poderiam ser tratados e evitados em 90% dos casos, segundo a Associação Brasileira de Psiquiatria.

Está passando por um período difícil? O Centro de Valorização da Vida (CVV) pode te ajudar. A organização atua no apoio emocional e na prevenção do suicídio, atendendo, voluntária e gratuitamente, todas as pessoas que querem e precisam conversar, sob total sigilo, por telefone, e-mail, chat e Skype, 24 horas, todos os dias.

O Núcleo de Saúde Mental (Nusam) do Samu também é responsável por atender demandas relacionadas a transtornos psicológicos. O Núcleo atua tanto de forma presencial, em ambulância, como a distância, por telefone, na Central de Regulação Médica 192.

Disque 188

A cada mês, em média, mil pessoas procuram ajuda no Centro de Valorização da Vida (CVV). São 33 casos por dia, ou mais de um por hora. Se não for tratada, a depressão pode levar a atitudes extremas.

Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), a cada dia, 32 pessoas cometem suicídio no Brasil. Hoje, o CVV é um dos poucos serviços em Brasília em que se pode encontrar ajuda de graça. Cerca de 50 voluntários atendem a quem precisa, 24 horas por dia.

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