Hospital das Clínicas afasta professor da USP acusado de transfobia
Primeiras alunas transexuais do curso de medicina da USP acusaram professor de ofensa e ameaça após nova política inclusiva da faculdade
atualizado
Compartilhar notícia
São Paulo – O professor Jyrson Guilherme Klamt, da faculdade de medicina da USP, foi afastado por 180 dias das suas funções no Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto, no interior de São Paulo.
A decisão, publicada no Diário Oficial do Estado de São Paulo na segunda-feira (5/8), veio após o docente ser denunciado, em novembro de 2023, por duas alunas transexuais que afirmaram ter sido ameaçadas.
De acordo com as estudantes, Jyrson teria se incomodado com uma nova política inclusiva da faculdade, que colocou placas a favor do uso de banheiros por alunos transexuais a partir da sua identidade de gênero.
O professor teria feito perguntas constrangedoras para as alunas, questionando qual banheiro elas iriam frequentar e afirmando que, se elas usassem o mesmo banheiro que a filha dele, as alunas “sairiam de lá mortas”.
Para a EPTV, o Jyrson disse que não teve atitude transfóbica e não tinha a intenção de constranger as alunas. Apesar de ser afastado das funções no HC, ele ainda está no quadro docente da USP.
A faculdade de medicina da USP disse que se posiciona pelo respeito, pelo pertencimento e pela inclusão. A instituição afirmou ainda que medidas só serão tomadas após a conclusão da apuração interna da universidade.
