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Homem relata pânico em trem de São Paulo: “Pessoas foram pisoteadas”

Analista de TI foi testemunha da confusão que terminou com a morte de passageiro em trem na zona leste e diz que houve correria e desespero

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1 de 1 Imagem mostra passageiros em estação de trem - Metrópoles - Foto: Reprodução/Leandro Gama

São Paulo — Correria, gritaria e informações desencontradas em meio ao caos provocaram o tumulto que levou à abertura das portas e à morte de um homem de 64 anos em um trem da Linha 12-Safira, nesta sexta-feira (16/12), na zona leste de São Paulo. Segundo uma testemunha, pessoas foram pisoteadas e ficaram feridas na confusão.

“Teve uma hora em que não tinha mais para onde ir e as pessoas começaram a ser pisoteadas”, afirma o analista de TI Leandro Gama, 38 anos. Ele estava no trem no momento do tumulto e conta que a tragédia poderia ter sido ainda maior. “Pego transporte público há mais de 20 anos e nunca vi uma situação como essa. Aquela avalanche de gente e o povo correndo”, afirma.

Gama diz que, no primeiro momento, passageiros gritaram que estava acontecendo um arrastão no último vagão do trem, o que levou à correria. Depois, outras pessoas disseram que havia fogo no fim da composição. Entretanto, segundo o analista de TI, foi uma briga que teria provocado a confusão. “Todo mundo se desesperou”, diz.

O analista de TI recebeu, inclusive, imagens que seriam justamente dessa briga no último vagão do trem e que teria provocado toda a confusão. As imagens vão ao encontro do registro feito pela CPTM no 63º DP (Vila Jacuí), de que uma briga teria sido o estopim do tumulto na Linha 12.

Gama conta que, durante a confusão, muitas pessoas ficaram machucadas. “Teve uma senhora que acabou torcendo ou quebrando o pé e teve que sair de cadeira de rodas. Estava com muita dor”, relata.

A testemunha diz que ainda pediu para as pessoas não desembarcarem no meio dos trilhos, mas havia muito desespero entre todos. “Algumas pessoas na porta onde eu estava desceram na via. Até pedi para não descerem, por causa do perígo. A região não tem iluminação e poderia ter acontecido uma tragédia maior. Algumas pessoas que desceram voltaram depois para o trem”, diz. “Não é fácil lidar com as pessoas, muitas delas desesperadas, chorando, todo mundo fazendo ligações.”

Gama lamenta o fato de uma pessoa ter morrido em decorrência da confusão. “Fico triste pela fatalidade. É uma família que vai passar o Natal sem seu querido, ao invés de comemorar à mesa. Infelizmente, que Deus o tenha”, afirma.

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