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Homem morto em emboscada levou filho ao estádio pela 1ª vez há 2 meses

O cruzeirense José Victor Miranda morreu aos 30 anos vítima de uma emboscada feita pela torcida organizada do Palmeiras, Mancha Alvi Verde

atualizado

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Imagem colorida de homem morto em emboscada. Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida de homem morto em emboscada. Metrópoles - Foto: Reprodução/ Redes Sociais

São Paulo — O cruzeirense José Victor Miranda, de 30 anos, morto carbonizado na madrugada deste domingo (27/10), após uma emboscada feita pela torcida organizada do Palmeiras, Mancha Alvi Verde, havia levado seu filho para conhecer pela primeira vez o estádio onde o Cruzeiro manda seus jogos, o Mineirão, a cerca de dois meses atrás.

O registro foi publicado pela criança em uma rede social com a legenda “1° de muitos no Mineirão”.

Um comentário na publicação diz “seu pai foi um herói”.

“Pessoa de muito alegria”

Em entrevista ao Metrópoles, a chef de cozinha Camila Geralda Vieira, de 36 anos, prima da vítima, afirmou que José era motoboy e que vivia em Sete Lagoas, em Minas Gerais:

“Ele era uma pessoa de muita alegria. Tinha amizade com todo mundo”.

Segundo a família, ele era um dos líderes da Máfia Azul, uma das principais torcidas organizadas do Cruzeiro. Para familiares, a briga na realidade foi uma emboscada que já vinha sendo planejada.

“É preciso que a polícia tome providências. Tudo isso por causa de um jogo? É preciso mais amor na vida das pessoas. Agora, pais, mães e parentes sofrem”, desabafou.

O cruzeirense foi morto carbonizado.

Emboscada

Além da morte de José, a emboscada deixou 17 cruzeirenses feridos: sete deles tiveram traumatismo craniano e um homem baleado na barrida.

Como mostrado pelo Metrópoles, a organizada palmeirense teria monitorado e interceptado os cruzeirenses, que viajavam em dois ônibus, por volta das 5h deste domingo, na Rodovia Fernão Dias, região de Mairiporã, na região metropolitana de São Paulo. Os torcedores mineiros voltavam de ônibus de Curitiba (PR), onde o Cruzeiro jogou nesse sábado (26/10) com o Athletico Paranaense e perdeu por 3 a 0.

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Torcedores do Palmeiras emboscaram e espancaram cruzeirenses
O ataque foi deflagrado na rodovia Fernão Dias, em Mairiporã (SP), na madrugada de domingo (27/10)
Os torcedores mineiros voltavam de ônibus de Curitiba (PR), onde o Cruzeiro jogou no sábado (26/10) com o Athletico Paranaense e perdeu por 3 a 0
O ataque acabou com uma morte e 16 pessoas feridas
Os torcedores do Palmeiras humilharam as vítimas
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Torcedores do Palmeiras emboscaram e espancaram cruzeirenses

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O ataque foi deflagrado na rodovia Fernão Dias, em Mairiporã (SP), na madrugada de domingo (27/10)

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Os torcedores mineiros voltavam de ônibus de Curitiba (PR), onde o Cruzeiro jogou no sábado (26/10) com o Athletico Paranaense e perdeu por 3 a 0

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O ataque acabou com uma morte e 16 pessoas feridas

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Os torcedores do Palmeiras humilharam as vítimas

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Em um vídeo, um torcedor do Palmeiras pisou na cara de um cruzeirense

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As vítimas foram hostilizadas e humilhadas

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Autoridades começaram a investigar o ataque

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A torcida da Máfia Azul foi alvo do ataque

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Os agressores dispararam uma chuva de rojões para emboscar as vítimas

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Um dos ônibus pegou fogo

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O trânsito na rodovia foi interrompido

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Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF) e a Secretaria da Segurança Pública (SSP), até por volta do meio-dia, três das vítimas foram deslocadas para um hospital de Franco da Rocha.

Outras 14 foram levadas para o hospital Anjo Gabriel, em Mairiporã. José foi levado para a unidade, onde morreu durante o atendimento médico, após ser carbonizado pelos palmeirenses. A vítima baleada na barriga não corre risco de morrer, de acordo com a PRF.

Investigada como facção

A Mancha Alvi Verde será investigada como facção criminosa pelo Ministério Público de São Paulo (MPSP) após a ação desta madrugada.

Segundo o procurador-geral de Justiça, Paulo Sérgio de Oliveira e Costa, chefe do MPSP, há “firmes evidências” de que algumas torcidas atuam como “facções”.

“Tal episódio é inaceitável e representa uma grave afronta à segurança pública e à convivência pacífica em nossa sociedade. Por isso, esta Procuradoria-Geral de Justiça determinou que, para além do promotor Fernando Pinho Chiozzotto, de Mairiporã, o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado [Gaeco] entre no caso”, disse Oliveira e Costa.

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