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Em relato, mulher conta que seu marido “morreu” por 50 minutos

Esposa do homem que “morreu” por 50 minutos relembra o acontecimento e faz apelo sobre a importância da massagem cardíaca ser ensinada

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Esposa de homem que "morreu" por 50 minutos relata caso nas redes sociais - Metrópoles
1 de 1 Esposa de homem que "morreu" por 50 minutos relata caso nas redes sociais - Metrópoles - Foto: Reprodução/ Instagram

São Paulo — No dia 4 de julho, o arquiteto Rogério Stefani “morreu” por 50 minutos. Após sofrer uma parada cardíaca repentina, ele teve uma morte súbita abortada, ou um óbito revertido, como dizem os médicos. O caso aconteceu em São Paulo.

A história foi contada por sua esposa, a jornalista Cláudia de Castro Lima, através de uma postagem no Instagram. Além de relatar o que se passou naquela noite, a moça ressaltou a importância de aprender a fazer massagem cardíaca.

“Meu companheiro de vida morreu. Rogério morreu por quase 50 minutos. Ele teria virado estatística — um dos 320 mil mortos por morte súbita todos os anos no Brasil — não fosse uma sequência de eventos, que alguns chamam de sorte, outros de acasos, outros de milagre, outros de obra de Deus”, começou a jornalista. Em seguida, ela afirmou que o único motivo de seu marido ainda estar vivo é por ter recebido massagem cardíaca por dois médicos que moram em seu prédio. 

Cláudia falou que Rogério estava ao telefone quando, de repente, seu corpo se inclinou para frente e ele parou de se mexer. “O vi inerte e imóvel, com os olhos e boca semiabertos. Fazia um barulho estranho, um ronco”, lembrou. Ela tentou, então, chamá-lo e sacudi-lo, mas nada aconteceu. Ao ligar para o 193, que é número do Corpo de Bombeiros para emergências, a jornalista foi instruída a fazer massagem cardíaca no esposo. “Fiz o que pensava ser uma reanimação, mas nada acontecia”.

Em pânico, a ideia da mulher foi ir até seu vizinho, Walter, o síndico do prédio e tocar a campainha. Ele, que conhecia todos os outros moradores do edifício, rapidamente pegou o interfone e chamou outro vizinho, que é médico e estava com outra amiga, também médica. “Foi então que percebi que eu fazia cócegas no coração do Rô. Massagem cardíaca é algo brutal. Extenuante”, falou.

Lima disse que os profissionais de saúde se revezaram durante 20 minutos tentando ressuscitar o marido dela até o resgate chegar. “Dos flashes que tenho daquela noite, só me lembro de pedir a eles: não desistam do meu marido. Eles não desistiram”, agradeceu.

Três viaturas chegaram em sua casa. Rogério foi intubado, tomou injeções de adrenalina e medicamentos para o coração e 5 choques do desfibrilador. Quando o arquiteto chegou no hospital, Cláudia foi informada de que seu coração voltará a bater.

Depois de contar toda a história, a paulistana fez seu alerta sobre a importância da massagem cardíaca. “Por que as escolas não ensinam jovens a fazer? Por que não existem treinamentos nas empresas? Por que não existem desfibriladores e treinamento para leigos em condomínios, escolas, escritórios, restaurantes? Por que a Secretaria de Saúde, a prefeitura, o SAMU, o posto de saúde não dão treinamentos gratuitos para a população? Não consegui encontrar um único treinamento presencial gratuito – e digo presencial porque eu já havia assistido a vídeos, e achava que sabia fazer, mas entendo agora que o treinamento tem que ser ao vivo, com orientação de um profissional de saúde”, questionou.

“A massagem cardíaca salva vidas. Foi ela que salvou a vida do Rô. Nós podemos ser agentes disso também. Criemos consciência disso”, pediu Lima ao final.

Para ilustrar a publicação, a mulher usou uma sequência de 7 fotos, que foram explicadas por ela nos comentários. “1) nós dois em casa depois de 14 dias de hospital; 2) o abraço do Rô em Thiago, o médico que salvou sua vida; 3) no InCor, carinha ótima, donut que me ajudou a dormir nas poltronas da UTI; 4) cicatriz do implante de CDI, protocolo para prevenção de morte súbita para quem já teve; 5) na UTI do InCor, cinco dias depois de renascer; 6) o relógio da UTI humanizada do São Camilo, que parou no momento em que me liberaram para ficar ao lado do Rô, às 10 pras 5h da manhã de sexta-feira, 5 de julho; 7) o peito do Rô com as tatuagens dos 5 choques de desfibrilador, ainda lá seis dias depois”, explicou.

Veja as imagens:

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