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Homem que matou com “voadora” vira réu por homicídio: “Chute brutal”

Tiago Gomes de Souza, que deu uma “voadora” em um homem de 77 anos, foi denunciado por homicídio por motivo fútil e sem chance de defesa

atualizado

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foto colorida de Tiago Gomes de Souza durante reconstituição de morte de idoso com "voadora" em Santos - Metrópoles
1 de 1 foto colorida de Tiago Gomes de Souza durante reconstituição de morte de idoso com "voadora" em Santos - Metrópoles - Foto: Reprodução/TV Globo

São Paulo — O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) aceitou denúncia por homicídio doloso qualificado contra Tiago Gomes de Souza, de 39 anos, nesse domingo (16/6). O réu está preso preventivamente após dar uma “voadora” e matar um idoso que atravessava uma rua, de mãos dadas com o neto, em Santos, no litoral paulista.

O caso aconteceu Rua Pirajá da Silva, na lateral de um shopping, no último dia 8. Vítima da “voadora” no peito, Cesar Fini Torressi, 77, bateu a cabeça ao cair e sofreu traumatismo cranioencefálico. Ele chegou a ser socorrido em estado gravíssimo, com quadro de parada cardiorrespiratória, mas não resistiu aos ferimentos.

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Tiago Gomes de Souza durante reconstituição de morte de idoso com "voadora" em Santos
Tiago Gomes de Souza durante reconstituição de morte de idoso com "voadora" em Santos
Reconstituição de voadora que matou idoso em Santos
Cesar Fine Torresi morreu após levar "voadora" no peito e cair na rua
Cesar Fine Torresi morreu após levar "voadora" no peito e cair na rua
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Tiago Gomes de Souza durante reconstituição de morte de idoso com "voadora" em Santos

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Cesar Fine Torresi morreu após levar "voadora" no peito e cair na rua

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Cesar Fine Torresi morreu após levar "voadora" no peito e cair na rua

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Tiago vai responder à acusação com duas qualificadoras: motivo fútil e uso de recurso que impossibilitou defesa da vítima. O Ministério Público de São Paulo (MPSP) também pediu fixação de R$ 300 mil para fins de eventual reparação por danos morais para os herdeiros da vítima.

Apesar de admitir que agrediu o idoso, o réu nega ter desferido uma “voadora”, alega ter desferido um chute na região do quadril e diz que não tinha intenção de causar a morte da vítima. Ele teve o pedido de prisão domiciliar negado pela Justiça paulista e vai responder à ação na cadeia.

“Chute brutal”

Na denúncia, obtida pelo Metrópoles, o promotor Fabio Perez Fernandez, do MPSP, afirma que Tiago desferiu a “voadora” contra o peito da vítima e assumiu o “risco de causar o resultado morte”.

A acusação descreve que Cesar estava passeando de mãos dadas com seu neto de 11 anos e decidiu atravessar a rua em direção à calçada do shopping. Como o semáforo estava fechado, os dois andavam entre os carros já parados, de acordo com o MPSP.

Os dois, no entanto, foram “surpreendidos pela aproximação do denunciado em seu automóvel Jeep Commander, que realizou frenagem brusca bem próximo ao avô e ao neto”. “Assustado, César colocou a mão sobre o capô do carro do denunciado”, narra a acusação.

Irritado, Tiago desceu do carro, correu atrás da vítima e pulou uma mureta com jardineira que existe na calçada. Segundo o MPSP, o idoso estava de costas e, ao se virar na direção do agressor, foi surpreendido pelo golpe no tórax.

“Desferindo um chute brutal contra o peito de um idoso de 77 anos de idade, o denunciado sabia do risco – e com ele consentiu – de causar uma queda que poderia ser mortal, como de fato foi”, argumenta o promotor.

Câmeras

A denúncia foi recebida no mesmo dia pelo juiz Alexandre Betini, da Vara do Júri de Santos, do TJSP.

“Os depoimentos colhidos e as provas amealhadas (…) indicam que o acusado cometeu o delito com extrema violência contra a vítima, um senhor de 77 anos, aplicando-lhe um golpe conhecido como voadora, em plena via pública e à luz do dia, não respeitando nem mesmo o neto da vítima”, registrou o magistrado.

Na decisão, o juiz deu ordem, ainda, para notificar a Prefeitura de Santos, o shopping e o supermercado para que forneçam imagens de câmeras de segurança do dia dos fatos.

Na delegacia, o réu alegou que César teria dado um golpe no seu carro, motivo pelo qual perdeu a cabeça e o agrediu. Os investigadores, no entanto, afirmam que essa versão não teria ficado confirmada durante a reconstituição dos fatos.

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