Homem estuprado em Campinas diz estar traumatizado: “Não saio de casa”
Cozinheiro foi atacado por um homem quando saía de casa para trabalhar, no último domingo; polícia não prendeu ninguém até o momento
atualizado
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São Paulo — O cozinheiro João Alexandrino da Silva, de 31 anos, estuprado por um homem em frente ao condomínio em que mora, em Campinas, no interior de São Paulo, no último domingo (28/4), revelou estar traumatizado com o ataque e disse que não tem conseguido sair de casa. Ninguém foi preso até agora.
“Fiquei muito traumatizado. Na verdade, até agora, quando saio para trabalhar, fico olhando para todos os lados pensando que as pessoas vão vir para perto de mim… Já fico com medo. Eu quase nem saio da minha casa”, afirmou João à EPTV.
O ataque aconteceu na madrugada, quando o cozinheiro esperava um carro de aplicativo para ir ao trabalho. Uma câmera de segurança registrou o momento em que João Alexandrino da Silva atravessa o portão. O estuprador, ainda não identificado, já o aguardava do lado de fora e dá início aos abusos assim que a vítima pisa na calçada (veja abaixo).
O homem agarra João Alexandrino por trás e coloca a mão sobre o órgão genital dele. A vítima começa a gritar e consegue escapar. As imagens foram divulgadas em suas redes sociais.
Em entrevista à EPTV, a vítima diz ter imaginado que o estuprador fosse um morador do prédio que estava aguardando para entrar.
“Eu pensei que era um morador do prédio, porque ele estava ali onde digita a senha. Pensei que ele fosse digitar a senha e entrar, só que, na hora que eu virei de costas, ele puxou minha perna. Eu fiquei sem ação, porque eu já tenho um trauma, sabe? Há cinco anos, mataram o meu pai com arma branca”, afirmou.
Segundo João, o homem portava um objeto que aparentava ser uma faca. “Eu senti uma coisa na perna, sabe? Tipo uma faca. Fiquei tão atordoado, até agora estou, que não tive ação para nada. Ele falou: ‘Só não grita’”, disse a vítima.
Segundo a Secretaria da Segurança Pública, o caso foi registrado no 1º DP de Campinas como estupro. A equipe de investigação trabalha para identificar o suspeito que aparece nas imagens.
Embora o ato sexual não tenha sido consumado, o ataque é tipificado como estupro. De acordo com a legislação penal, o crime de estupro equivale a “constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a ter conjunção carnal ou a praticar ou permitir que com ele se pratique outro ato libidinoso”. A pena é de 6 a 10 anos de prisão.