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Homem é morto pela PM em Santos. Moradora relata “campo de guerra”

Homem não identificado foi morto na Praça José Lamacchia. Segundo PM, ele tinha uma série de passagens pela polícia

atualizado

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Praça José Lamacchia
1 de 1 Praça José Lamacchia - Foto: Reprodução/Google Street View

Santos — Um homem foi morto pela Polícia Militar na Praça José Lamacchia, zona noroeste de Santos, na manhã desta quinta-feira (7/11). Moradores da região, conhecida como Mangue Seco, afirmam que uma segunda pessoa teria sido baleada, o que não é confirmado pela corporação.

A morte ocorreu enquanto o menino Ryan da Silva Andrade Santos, de 4 anos, morto durante ação policial na madrugada dessa quarta (6), era enterrado no cemitério da Areia Branca, a menos de 2 km do local.

“Hoje, aqui no Mangue Seco parecia um campo de guerra. Muito tiro, mais uma vez chegou lá atirando. Teve duas vítimas. A gente fica apavorado”, afirma uma moradora do bairro. Vídeos feitos por testemunhas mostram pelo menos cinco viaturas de batalhões de elite da PM no local. Havia também uma ambulância do Samu.

O coronel Valmor Racorti, comandante do Policiamento de Choque da PM, afirma que o suspeito morto na Praça José Lamacchia tinha diversas passagens pela polícia. Os agentes envolvidos na ocorrência dizem que com ele foram apreendidas pistolas.

O homem, que não teve a identidade divulgada, foi socorrido e morreu na UPA da Zona Noroeste. Segundo a Secretaria da Segurança Pública (SSP), os PMs faziam um patrulhamento de rotina, quando se depararam quatro suspeitos. Na tentativa de abordagem, eles teriam fugido, sendo que um deles teria atirado na direção da equipe policial, que revidou.

A Praça José Lamacchia foi o local onde Edineia Fernandes, mãe de seis filhos, foi baleada na cabeça durante um suposto confronto entre policiais e suspeitos em 27 de março, durante a Operação Verão. Ela morreu no dia seguinte.

Dias após o episódio, diante a repercussão negativa da ocorrência, o secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite, anunciou o fim da operação. Dias depois, um homem morreu em um suposto confronto com a PM no local.

Reforço no policiamento

Após a ocorrência que resultou na morte de Ryan da Silva Andrade Santos, a Polícia Militar anunciou operação na região do Morro do São Bento e em outras comunidades de Santos para tentar localizar pessoas que supostamente teriam participado de uma troca de tiros no local.

A versão da PM é que Ryan foi atingido por um disparo, que provavelmente partiu da arma de um policial, após um grupo de criminosos começar a atirar nos agentes, que revidaram. Além do menino de 4 anos, dois adolescentes foram baleados, um de 17 e outro de 15. O mais velho morreu.

Desde quarta-feira, o Policiamento de Choque em Santos está dobrado, com a presença rotativa de policiais de Rota, COE, 2º, 3º e 4º batalhões.

Segundo o coronel Valmor Racorti, a partir do início de dezembro, quando deve ser deflagrada a tradicional Operação Verão, metade de todo o efetivo dos batalhões de choque serão enviados para a Baixada diariamente, em função da grande quantidade de pessoas que viajam para a região.

Além dos batalhões de choque, todo o policiamento do 6º Batalhão do Interior, de Santos, estará focado nas ações envolvendo o episódio no Morro do São Bento.

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