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Homem é condenado a indenizar ex-esposa que contraiu HPV após traições

Traições do marido motivaram término e causaram infecção da mulher pelo vírus HPV. Reparação por danos morais foi fixada em R$ 10 mil

atualizado

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Foto mostra mulher apontando lupa em direção a sua calcinha; arte ilustra HPV - Metrópoles
1 de 1 Foto mostra mulher apontando lupa em direção a sua calcinha; arte ilustra HPV - Metrópoles - Foto: Getty Images

São Paulo — A Justiça paulista determinou que um homem indenize a ex-esposa que contraiu o vírus HPV durante o casamento após traições dele. A reparação por danos morais foi fixada em R$ 10 mil, e o valor por danos materiais, como despesas médicas, ainda será estipulado.

De acordo com o processo, a mulher descobriu relações extraconjugais do marido, que motivaram o fim do casamento de 20 anos. Após o término, ela foi diagnosticada com a infecção sexualmente transmissível, que não apareceu em exames anteriores às traições do homem.

“A situação gerou abalos físicos e psicológicos, com necessidade de acompanhamento médico contínuo”, diz o documento.

Na decisão, o desembargador Jair de Souza argumentou que a incidência de danos causados à mulher foram confirmados nos autos. “Uma vez comprovada a ofensa à integridade da apelada, surge o dever do apelante de indenizar pela prática do ilícito perpetrado”, escreveu.

HPV

O papilomavírus humano (HPV) é um dos vírus mais comuns na população mundial. Uma pesquisa realizada por cientistas do Instituto Catalão de Oncologia, na Espanha, e publicada na edição de setembro da revista científica The Lancet, revelou que o HPV atinge ao menos um em cada três homens.

Apesar de muito frequente, ele também é conhecido por ser um dos vírus com maior potencial cancerígeno: cerca de 80% dos cânceres de colo de útero acontecem em decorrência da infecção e o HPV também está associado a casos de câncer de vagina, pênis, ânus e orofaringe.

O vírus é transmitido por contato direto com a pele ou mucosa infectada, e o contágio acontece principalmente pela via sexual. Porém, o HPV tem mais de 50 variantes e nem todas causam câncer.

Nas mulheres, o HPV pode provocar verrugas na vulva, vagina, colo do útero e ânus, além de coceira, manchas nos genitais, ardências e verrugas na língua, garganta, céu da boca e nos lábios.

Depois de identificado, o vírus pode ser tratado com medicamentos antivirais que reduzem as inflamações causadas pela doença e diminuem o risco de desenvolvimento de câncer.

Prevenção do HPV

A melhor maneira de prevenir o HPV é por meio da vacinação antes do início da vida sexual. O imunizante pode proteger de quatro ou nove dos tipos mais perigosos do vírus, a depender da fórmula.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) calcula que se 90% das meninas com até 15 anos do mundo fossem vacinadas, seriam evitados 70 milhões de casos de câncer ao longo das próximas décadas.

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