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Homem deverá ser indenizado após levar facadas dentro da Unicamp

Unicamp e empresa que prestava serviços de segurança, Strategic Security Proteção Patrimonial, foram condenados na Justiça de São Paulo

atualizado

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Imagem colorida mostra placa da Unicamp. O objeto é feito de concreto é mostra a logo da universidade seguida pela sigla. Ela está cercada de plantas | Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida mostra placa da Unicamp. O objeto é feito de concreto é mostra a logo da universidade seguida pela sigla. Ela está cercada de plantas | Metrópoles - Foto: Divulgação

São Paulo — A Justiça de São Paulo condenou a Unicamp e a Strategic Security Proteção Patrimonial a indenizar um homem, identificado como Fábio Carlos da Costa, após ele ter sido esfaqueado por um vigilante no campus da universidade na madrugada de 30 de dezembro de 2019.

A Strategic Security fez a segurança da Unicamp entre 2017 e 2021, quando o contrato de licitação chegou ao fim.

A decisão da 1ª Vara da Fazenda Pública de Campinas foi mantida pela 5ª Câmara de Direito Público do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP).

A sentença, proferida pelo juiz Mauro Iuji Fukumoto, fixou uma reparação por danos morais em R$ 48,4 mil. A decisão cabe recurso.

Para Ozeias Alves de Souza, advogado da vítima, o valor está bem aquém do merecido. De acordo com os autos, Fábio ficou impossibilitado de trabalhar após ficar gravemente ferido. Apesar disso, eles ainda não decidiram se pretendem recorrer.

Entenda o caso

Fábio foi funcionário da Strategic Security. Ele, inclusive, prestou serviço no campus da Unicamp por cerca de nove meses. Neste período, ele teria feito amizade com os colegas de trabalho. Na madrugada do dia 30 de dezembro de 2019, Fábio fez uma visita aos colegas que estavam trabalhando na universidade.

Nos autos, ele alega que, após uma brincadeira, mas sem o menor motivo aparente, o funcionário da terceirizada Genisson da Silva Lima desferiu golpes de faca em seu abdômen, tórax e costas.

Fábio perdeu a consciência devido aos ferimentos e ficou seis dias internado no Hospital da Unicamp. O vigilante teve o pulmão perfurado, precisou de intubação, ventilação mecânica e transfusão de sangue.

Após as agressões, a polícia militar foi acionada, e Genisson foi preso em flagrante. Com ele, conforme o registro policial, foram encontrados a faca utilizada nas agressões, além de porções de cocaína e um canivete.

Genisson permaneceu preso até 13 de janeiro de 2020, quando teve a liberdade provisória concedida. Atualmente, ele responde em liberdade por tentativa de homicídio, informou o advogado Marcos Candido da Silva ao Metrópoles. O julgamento está previsto para acontecer em 18 de setembro de 2025.

O que diz o outro lado

Nos documentos oficiais, Genisson afirmou que tinha desavenças com Fábio e que havia sido ameaçado por ele momentos antes das agressões. O vigilante afirmou, ainda, que reagiu rapidamente para se defender, porque seu desafeto lutava jiu jitsu.

O juiz concluiu, no entanto, que “não é aceitável que o vigilante, munido de faca em contrariedade às normas de segurança, tenha desferido golpes no autor caracterizando conduta desproporcional as suas funções”.

A Unicamp, por meio de nota, afirmou que não concorda com a decisão da Justiça e avaliará as medidas cabíveis. “A empresa em questão não presta serviços à universidade há vários anos”, disse a instituição de ensino.

O Metrópoles contatou a Strategic Security Proteção Patrimonial, mas não obteve resposta. O espaço segue aberto.

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