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Hidrolipo: clínica deve atender pré-requisitos para realizar cirurgia

Paloma Alves, de 31 anos, morreu após hidrolipo. Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica diz que clínicas devem atender pré-requisitos

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1 de 1 Design sem nome – 2024-11-27T085532.567 - Foto: Reprodução/Redes Sociais

São Paulo — Após uma mulher de 31 anos morrer por complicações de um procedimento de hidrolipo realizado em uma clínica no bairro do Tatuapé, zona leste de São Paulo, a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) ressaltou que a relação entre médico e paciente é fundamental para o sucesso de todo e qualquer tipo de procedimento médico.

De acordo com o boletim de ocorrência do caso, Paloma Lopes Alves contratou o procedimento cirúrgico totalmente pelas redes sociais e só conheceu o médico Josias Caetano no dia da cirurgia. Paloma teve o primeiro contato pessoal com o médico nessa terça-feira (26/11), dia do procedimento durante o qual sofreu uma parada cardiorrespiratória na clínica Maná Day. A lipoaspiração era na região das costas e do abdome.

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Paloma e o marido, Everton da Silveira
Ela realizou uma hidrolipo, uma lipoaspiração
Paloma tinha 31 anos
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Paloma contratou cirurgia pelas redes sociais

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Paloma e o marido, Everton da Silveira

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Ela realizou uma hidrolipo, uma lipoaspiração

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Paloma tinha 31 anos

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O Diretor de Comunicação Nacional da SBCP, o cirurgião plástico Daniel Regazzini, explicou que, como todo procedimento envolve um risco, é essencial preparar muito bem o paciente para o procedimento.

“Para colocar o paciente em uma mesa cirúrgica, é necessário fazer pelo menos uma avaliação clínica completa do paciente. Analisar riscos e patologias associados. Pedir exames laboratoriais de sangue, imagem, de rotina clínica”, avaliou o médico. “A lipoaspiração é um procedimento seguro desde que tudo isso seja feito dentro das técnicas regulamentadas.”

A cirurgia, de acordo com o porta-voz, pode ser feita em ambiente hospitalar ou em clínicas preparadas para primeiros-socorros em caso de complicações.

Quando a paciente sofreu a parada cardiorrespiratória, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado, mas, ao chegar ao Hospital Municipal do Tatuapé, Paloma já estava sem vida. Na unidade hospitalar, foi apontado como causa provável da morte uma embolia pulmonar.

Ao Metrópoles, a defesa do médico Josias Caetano afirmou que a paciente passou por exames prévios ao procedimento. Além disso, informou que a paciente assinou um termo de consentimento em que são descritos os riscos, benefícios e alternativas a esse tratamento. A embolia pulmonar é citada como uma das complicações que podem levar o paciente à óbito.

“Complicações pulmonares: podem ocorrer secundariamente à liberação, na corrente sanguínea de coágulos de gordura (embolia pulmonar) ou após uma anestesia. Nestes casos, pode ser necessário a hospitalização por um tempo mais prolongado. A embolia pulmonar pode levar a óbito”, consta no documento.

Além disso, segundo o advogado Lairon Joe Alves Pereira, Paloma também assinou um termo de consentimento sobre a anestesia local e a sedação.

O caso foi registrado como morte suspeita no 52º Distrito Policial, no Parque São Jorge.

Hidrolipo

Segundo o cirurgião plástico Daniel Regazzini, a hidrolipo nada mais é do que uma lipoaspiração tradicional feita com anestesia local. A cirurgia leva o prefixo “hidro” no nome porque se injeta no paciente uma solução de soro fisiológico combinada a outros elementos, como adrenalina e anestésicos, para facilitar a remoção da gordura.

No entanto, a sociedade reforça que o nome é um desvio da nomenclatura padrão. “Toda lipoaspiração é uma retirada de uma gordura de um lugar, que pode ser colocada em outro ou não, para promover um contorno corporal. No meio do caminho, muitas outras áreas, não só a cirurgia plástica, desviaram o nome ‘hidrolipo’, aquela lipo feita com a anestesia local”, explicou.

Também chamada de lipoaspiração tumescente, o procedimento remove gordura localizada em diversas partes do corpo, como abdômen, quadris, coxas, nádegas.

O local para a realização da cirurgia, como ressaltou o porta-voz da SBCP, precisa atender alguns pré-requisitos determinados pelo Conselho Federal de Medicina, como ser realizado em centros cirúrgicos, hospitais e clínicas que tenham suporte para qualquer intercorrência do paciente.

Além disso, Regazzini ressalta que é preciso pesquisar o currículo do profissional e buscar informações sobre o espaço e o preço oferecido pela clínica ou consultório. “Você tem que confiar no profissional. O paciente precisa sentir a segurança que você transmite”, adicionou.

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