Helicóptero que sumiu: empresa quer buscas com mateiros, cães e drones
Empresa do helicóptero que sumiu na véspera do Ano-Novo em SP disse que se tratava de um passeio entre amigos e não um serviço contratado
atualizado
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São Paulo – A Companhia Brasileira de Aviação (CBA), empresa responsável pelo helicóptero que desapareceu na véspera do Ano-Novo, na região do Vale do Paraíba, em São Paulo, afirmou ter contratado mateiros e drones para auxiliar nas buscas pela aeronave e por seus quatro tripulantes.
Em nota enviada ao Metrópoles, a CBA afirma estar colaborando com as investigações e disse que também está em contato com empresas de cães farejadores para tentar encontrar os passageiros, todos desaparecidos.
“A empresa não está medindo esforços nas buscas pelos desaparecidos. A CBA, se colocou à disposição da família dos ocupantes através do advogado que os representa, para qualquer tipo de auxílio, principalmente psicológico”, diz a CBA no texto.
A área total de buscas, na região da Serra do Mar, é de cinco mil quilômetros quadrados. O paradeiro do helicóptero, do piloto Cassiano Teodoro e dos três passageiros – Raphael Torres, Luciana Rodzewics e Letícia Ayumi – segue desconhecido.
Familiares de Luciana e Letícia, que são mãe e filha, também organizaram uma vaquinha com o intuito de contratar mateiros para auxiliar nas buscas.
Helicóptero não tinha licença para serviço de táxi-aéreo
Conforme divulgado pelo Metrópoles, o Ministério Público Federal (MPF-SP) recomendou, há mais de um ano, o fim da prestação de serviço da CBA por considerar que ela atuava de forma clandestina. A aeronave não possui licença para o serviço de táxi aéreo.
Na nota enviada à reportagem, a empresa diz que “não se tratou de voo comprado na modalidade táxi-aéreo mas sim, de um passeio entre amigos.”
Ao Metrópoles, familiares de Letícia e Luciana disseram que elas foram convidadas por Raphael, amigo delas, para um “bate-volta” até Ilhabela. Raphael seria amigo de Cassiano, o piloto.
O helicóptero de modelo Robinson R44 e prefixo PR-HDB partiu do Campo de Marte, na zona norte da capital paulista e foi localizado pela última vez no radar por volta de 15h20 do dia 31.
Pouco antes de a aeronave desaparecer, Letícia enviou mensagens para o namorado avisando sobre as más condições climáticas.
Ela gravou um vídeo (veja acima) em que o helicóptero aparece totalmente coberto por neblina, sem nenhuma visibilidade e relatou que eles tiveram de fazer um pouso de emergência antes de levantar voo novamente.
Clara Silvia, irmã de Luciana, diz que o sentimento de angústia tomou conta da família e que tem tido dificuldade para dormir: “Não aguento mais. É muito angustiante”.
Na quarta-feira (3/1), um corpo foi encontrado em Natividade da Serra no perímetro de busca das autoridades, embora a Secretaria da Segurança Pública (SSP) tenha declarado que “não há nenhum indício” de que o cadáver tenha relação com o helicóptero.