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Ao votar, Haddad cobra rigor da Justiça contra Marçal: “Inaceitável”

Depois de votar na zona sul de São Paulo, o ministro da Fazenda Fernando Haddad (PT) disse que “o nível das eleições vem piorando”

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Depois de votar na zona sul de São Paulo, o ministro da Fazenda Fernando Haddad (PT) disse que "o nível das eleições vem piorando" - Metrópoles
1 de 1 Depois de votar na zona sul de São Paulo, o ministro da Fazenda Fernando Haddad (PT) disse que "o nível das eleições vem piorando" - Metrópoles - Foto: Renan Porto/Metrópoles

São Paulo — O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, classificou como “inaceitável” o laudo médico falso usado pelo candidato à prefeitura da capital Pablo Marçal (PRTB) para acusar seu adversário Guilherme Boulos (PSol) de ser usuário de cocaína. Ao votar na manhã deste domingo (6/10), Haddad, ex-prefeito da cidade, disse esperar rigor da Justiça Eleitoral para punir o influencer.

“Estamos dizendo há um tempo que temos um estelionatário concorrendo à Prefeitura de São Paulo. Uma pessoa que foi acusada, condenada e comete um estelionato durante a campanha eleitoral. Estamos na maior cidade do hemisfério sul. Vamos votar consciente”, afirmou a jornalistas.

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Garis recolhem propaganda eleitoral antes da abertura da zona eleitoral 246, zona sul de São Paulo
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Lula em voto em São Paulo
Ministro Alexandre Padilha avaliou possível vitória de Trump
Pessoal da limpeza urbana varrendo santinhos aqui no Colégio Santo Américo, no Morumbi
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Início da votação em São Paulo na zona 246, zona sul de São Paulo

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Santinhos espalhados durante as eleições de 2024

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Segundo Haddad, o nível da discussão política vem piorando a cada eleição, e Marçal tenta testar os limites da Justiça.

“O nível das eleições vem piorando. A fake news, a mentira, a gente sabe como começa, mas não sabe como termina. Estamos vivendo fake news há muitos anos no Brasil e tolerando isso. Quando você vai tolerando uma coisa manifestamente errada, o transgressor começa a testar os limites. O que aconteceu ontem foi isso, um estelionatário testando. Os limites do que é possível fazer numa eleição para ganhar. É inaceitável”, disse.

O ministro da Fazenda chegou para votar às 9h30 no colégio Catamarã, em Moema, zona sul da capital. Acompanhado da esposa, Ana Estela Haddad, ele não enfrentou fila e levou poucos minutos.

Pela primeira vez, o PT, partido de Haddad, não lançou um candidato próprio na disputa pela Prefeitura de São Paulo, apoiando o candidato do PSol, Guilherme Boulos. Em tom de brincadeira, ele disse que quase votou 13 sem querer.

“Tive que pensar ali, né (risos). Quase votei 13. Mas eu votei 50, com certeza”, afirmou.

Haddad participou da campanha de Boulos, visitando a comunidade Heliópolis ao lado do candidato em 7 de setembro.

Laudo médico falso

O candidato à Prefeitura de São Paulo pelo PSol, Guilherme Boulos, disse que vai pedir a prisão do influencer Pablo Marçal (PRTB) após o adversário divulgar, na noite desta sexta-feira (4/10), um suposto receituário médico com a informação de que o psolista teria sido internado por uso de cocaína.

O documento que foi divulgado por Marçal em seu perfil no Instagram é datado de 19 de janeiro de 2021, com a assinatura do médico José Roberto de Souza. O Metrópoles apurou que o CRM dele está inativo no Conselho Regional de Medicina desde abril de 2022 e que ele já faleceu.

O suposto receituário indica que Boulos, com “surto psicótico grave”, teria sido submetido a um exame toxicológico que constatou a presença de 2,825 ng/mg de cocaína no sangue. O documento, segundo Guilherme Boulos, é falso.

A Polícia Federal vai abrir um inquérito para investigar um falso laudo médico divulgado pelo candidato Pablo Marçal (PRTB) contra o adversário Guilherme Boulos (PSol). Os agentes federais já estão analisando o falso receituário médico com a informação de que o psolista teria sido internado por uso de cocaína.

A Justiça Eleitoral já determinou a exclusão do falso laudo das publicações nas redes sociais.

O documento que foi divulgado por Marçal em seu perfil no Instagram é datado de 19 de janeiro de 2021, com a assinatura do médico José Roberto de Souza. O Metrópoles apurou que o CRM dele está inativo no Conselho Regional de Medicina desde abril de 2022 e que ele já faleceu. Duas filhas médico que faleceu desmentiram que o pai tivesse trabalho na clínica em que Guilherme Boulos teria sido atendido.

Confira a página especial sobre as Eleições de 2024.

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