Haddad cita coincidências pró Boulos e critica privatização da Sabesp
Ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad fez nesta sexta-feira (24/5) sua estreia em agendas da pré-campanha de Boulos à Prefeitura
atualizado
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São Paulo – O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), declarou, na noite desta sexta-feira (24/5), que uma eventual gestão de Guilherme Boulos (PSol) na Prefeitura de São Paulo seria a versão “4.0” de uma administração progressista na cidade e criticou a privatização da Sabesp, uma das ações do governo Tarcísio de Freitas (Republicanos).
Durante evento para discutir questões climáticas ao lado de Boulos e da também ministra Marina Silva (Meio Ambiente), Haddad não só fez sua estreia em eventos da pré-campanha do deputado do PSol como manteve a tônica da pré-candidatura ao explorar marcas das gestões de Marta Suplicy, Luiza Erundina, e dele próprio, como um projeto único de administração da esquerda.
“O progressismo em São Paulo é muito recente”, disse o ministro. Segundo Haddad, a gestão Erundina (1988-1992) foi a primeira prefeita com pautas progressistas na capital paulista. “Ela levou pancada por quatro anos. No tempo da Erundina, ela não tinha sossego”, acrescentou ele.
De acordo com Haddad, há algumas coincidências nas gestões citadas que podem “favorecer” uma eventual campanha de Boulos. Segundo o ministro, a cada doze anos a capital elege um prefeito de gestão progressista: Erundina foi eleita em 1988, Marta em 2000 e ele, Haddad, em 2012.
“Pela minha conta de quatro anos para nós e oito pra eles [oposição], chegou a nossa hora”, afirmou o ministro da Fazenda.
Em sua vez de discursar, Boulos brincou com a fala de Haddad: “Nesse ponto vou ter que concordar com a numerologia”, disse.
Haddad cita Sabesp
Durante a sua fala, Haddad também criticou a privatização da Sabesp, que segue em curso em São Paulo. No início da semana, os municípios que são operados pela companhia de saneamento aprovaram um contrato unificado com a empresa.
“Não sabemos qual vai ser a estrutura da privatização que está em curso. Esta passando o trator em cima das Câmaras [Municipais]. Nenhum prefeito se coloca contra o governador. A gente não sabe como estão calibrando e como a tarifa vai evoluir no decorrer do prazo”, disse o ministro.