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Hacker de 14 anos é suspeito de liderar invasões a sistema da polícia

Adolescente de 14 anos, que é hacker, teria criado programa de computador que permite acesso a sistemas da polícia, da Justiça e do Exército

atualizado

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1 de 1 Imagem de mulher no teclado de laptot - Foto: Getty Images

São Paulo — A Polícia Civil de São Paulo desarticulou, no interior do estado, uma quadrilha de hackers que comercializava mais de 20 milhões de logins e senhas da Justiça e das principais polícias brasileiras. Um adolescente de 14 anos é suspeito de liderar o grupo.

Os detalhes da operação foram divulgados pelo programa Fantástico, da TV Globo, nesse domingo (24/9). A polícia conseguiu mapear o funcionamento da quadrilha a partir de um jovem de 18 anos, da cidade de Bady Bassit, no interior paulista. Na casa dele, foi encontrado um computador logado no sistema da Polícia Civil.

De acordo com a investigação, o jovem, Lucas Barbas, conseguiu alimentar o sistema com um boletim de ocorrência contendo informações falsas. Ele também teria feito alterações no sistema para se declarar como morto e, dessa forma, fazer com que sua ficha criminal não aparecesse mais no sistema.

O momento em que a polícia chegou na casa do adolescente foi gravado por um integrante da quadrilha que conversava com o jovem pela internet. O interlocutor, sem se intimidar, postou o vídeo em uma rede social, mas acabou preso quatro dias depois.

Para chegar até o adolescente de 14 anos, que mora em Curitiba (PR) e é apontado como o líder da quadrilha, a polícia iniciou a investigação pela conexão dos jovens e descobriu que todos se conheceram em comunidades de jogos no Discord, um aplicativo de mensagens popular entre os jovens.

Para dificultar o rastreamento, os adolescentes faziam as invasões no sistema usando servidores privados. A polícia, no entanto, conseguiu rastrear integrantes da quadrilha em Jaciara (MT), Blumenau (SC) e Curitiba.

Em depoimento, o adolescente de 14 anos afirmou que foi responsável pela criação do programa de computador que permite acesso a qualquer site privado ou público.

Segundo a polícia, os logins e senhas dos sistemas eram comercializados por valores entre R$ 200 e R$ 1.000.

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